quarta-feira, 24 de junho de 2009

Compromisso

Até uma pessoa estar comprometida existe hesitação, a possibilidade de recuar, sempre ineficácia. Relativamente a todos os actos de iniciativa e de criação existe uma verdade elementar, cuja ignorância da mesma mata incontáveis ideias e esplêndidos planos: «É que no momento em que uma pessoa se compromete definitivamente, a Providência entra em acção!»

Acontece toda a espécie de coisas que de outra maneira nunca teriam ocorrido para nos ajudar. Toda uma corrente de acontecimentos vem da decisão, pondo a favor de uma pessoa toda a espécie de imprevistos, incidentes, encontros e ajuda material que nenhum homem poderia ter sonhado que lhe apareceriam no caminho.


Aprendi a ter um grande respeito por uma frase de Goethe: «Seja o que for que possa fazer ou sonhar que pode, faça! Na ousadia existe génio, poder e magia!»

W.H.MURRAY – EXPLORADOR ESCOCÊS DO ÁRTICO

terça-feira, 23 de junho de 2009

A turma especial

Muitas vezes, o que esperamos da “realidade” define a forma que esta vai assumir.

No início do ano escolar, uma professora a começar a carreira e nova naquela escola recebeu a lista de alunos que iam compor a sua turma. Recebeu também uma lista com os seus respectivos Quociente de Inteligência e ficou maravilhada ao ver que todos os QI’s andavam na casa dos cento e tal! O normal era que a as professoras novas ficarem com os alunos menos inteligentes e não com os mais brilhantes.

Como tinha sido de esperar o ano lectivo correu sem qualquer incidente e toda a turma teve resultados fantásticos, os melhores da escola. A professora estava maravilhada com os resultados e ainda mais o Director da Escola, que a mandou chamar ao seu gabinete.

- Fez um trabalho inacreditável Professora! Como conseguiu resultados assim?

- Não foi difícil. Eram os alunos mais inteligentes. Quando é assim, o trabalho é fácil.

O Director parecia confuso.

- Deve ter havido alguma confusão. Esses não eram os alunos mais inteligentes. Pelo contrário, eram os alunos mais problemáticos da escola.

Agora era a vez da professora não compreender.

- Como assim? Enviou-me uma lista no inicio no ano. Tinha os nomes e os respectivos QI’s de cada uma deles.

- Ah… Essa lista? Não eram os nomes e os QI’s. Eram os nomes e números dos cacifos!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Tenham um dia mediano... Na Prática!!!

Vamos pôr a ideia de ter um "dia mediano" na prática!

1 - Escolham uma área que pretendem melhorar na vossa vida. Por exemplo:
  1. Objectivos de vendas
  2. Ser um bom pai
  3. Escrever um livro
  4. Etc.
2 - Nessa área, o que é que constitui um "dia mediano". Não é um dia típico (isto é, o que já estão habituados) mas sim um dia que não seja excepcionalmente bom nem excepcionalmente mau.

Poderia ser, por exemplo:
  1. Objectivos de vendas: O "mediano" seria realizar 10 contactos (ao passo que o excepcionalmente bom seriam 30 contactos e o excepcionalmente mau seriam 5)
  2. Ser um bom pai: O "mediano" seria passar pelo menos uma hora por dia completamente dedicado ao filho
  3. Escrever um livro: O "mediano" seria escrever 5 páginas (ao passo que o excepcionalmente bom seriam 20 e o excepcionalmente mau seriam 2)
  4. Etc.

3 - Projectem para o futuro. Se tivessem 365 dias "medianos" no próximo ano qual seria a diferença que faria nas vossas vidas...?
  1. Vendas: 3650 contactos!!!
  2. Pai: 365 horas completamente dedicadas!!!
  3. Livro: 1825 páginas!!!

É preciso demonstrar mais?!

Tenham um dia mediano!

Tenham um dia... mediano!


Mas… Um dia “mediano”?! Que raio de motivação é essa já estão todos os que lêem isto a pensar!

É suposto ter um excelente dia! Um dia excepcional! Todos os dias têm de ser excepcionais! Certo?

Er… Não, nem por isso… ;)

A ideia de ter um “dia mediano” vem do supercoach Steve Chandler. Ele, por sua vez, foi buscar essa ideia a um mentor dele, um homem chamado Lyndon Duke que estudou inúmeros casos de suicídio e chegou a publicar um livro chamado “A Linguística do Suicídio”. Duke, detentor de múltiplos doutoramentos, investigou as notas de centenas de suicidas em busca de padrões comuns para prever e prevenir essas situações. A conclusão a que ele chegou foi aquilo que baptizou de “excepção da excepcionalidade”.

Esta maldição tem uma explicação simples e deixa-nos a pensar se realmente queremos ter “dias excepcionais”… Num mundo em que todas as pessoas querem ser excepcionais é um facto que a maioria vai falhar. Não porque não conseguem o que projectaram mas simplesmente pelo facto de que, se todos conseguirem, então o “excepcional” passa a ser o “normal”. E logo cada pessoa sente um acréscimo de pressão. Tem de ser ainda mais “excepcional”! As poucas pessoas que conseguem ser ainda “mais excepcionais” estarão sozinhas… E isto repete-se num ciclo interminável em que todos querem chegar a um patamar mas quando chegam já deixa de ser excepcional porque já todos chegaram e então têm de procurar um mais alto e por aí fora…

Ao que parece, Duke utilizou esta teoria na sua vida quando se juntou com o filho, aquando da entrada deste na Universidade, e lhe disse algo do género: “Meu rapaz, quero que saibas as minhas expectativas! Espero que sejas um aluno mediano! Que termines o curso com uma média normal, que encontres uma mulher normal e que tenhas um emprego mediano. É isso que espero de ti.” Claro que o filho dele pensou que o pai “se tinha passado” mas essa atitude retirou toda a pressão que ele poderia vir a sentir na Universidade, levando-o a procurar a sua inspiração e a exceder tudo e todos, não porque era o seu objectivo nem porque era esperado dele, mas simplesmente porque NÃO era pressionado a isso.

E no final tudo se resume a isto. Se vivermos de acordo com as nossas inspirações, com os nossos objectivos, e dentro dessas orientações, tivermos uma sucessão de dias “medianos”, então a soma desses dias vai resultar em algo para além das nossas expectativas!

Já temos grandes objectivos! Objectivos inspirados! Vamos ser “normais” no dia a dia, vamos retirar toda a pressão que só serve para prejudicar, porque o rumo já está traçado! É só sentar e desfrutar a viagem…

Tenham um dia mediano!!!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Afinal, quem manda no que eu sinto?!

O colunista Sydney Harris acompanhava um amigo à banca de jornal. O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro. Pegando o jornal que foi atirado em sua direcção, o amigo de Sydney sorriu atenciosamente e desejou ao jornaleiro um bom final de semana. Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:
- Ele sempre te trata com tanta grosseria?
- Sim, infelizmente é sempre assim.
- E você é sempre tão atencioso e amável com ele?
- Sim, sou.
- Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?
- Porque não quero que ele, ou qualquer outra pessoa, decida como eu devo agir.