domingo, 27 de dezembro de 2009

Metáfora para uma nova vida...


Um Grande Chefe Cherokee sentou-se uma noite, com os seus netos, à volta de uma grande fogueira, para lhes falar sobre a vida. Ele disse-lhes:

"Meus netos, dentro de mim está ser travada uma feroz batalha entre dois lobos. Um deles representa a inveja, o ódio, a mágoa, o ressentimento, a dor, a vingança, a infelicidade e a solidão. O outro lobo bate-se pelo amor, pela amizade, pelo reconhecimento, pela gratidão, pela felicidade, pela paz de espírito e pela compreensão."

Ao ver que os seus netos o acompanhavam com atenção, ele continuou:

"Esta batalha acontece todos os dias e não só dentro de mim, mas dentro de todas as pessoas no mundo!"

Um dos seus netos perguntou-lhe:

"Avô, e qual dos lobos vai ganhar?"

O velho indío sorriu e respondeu:

"Vai ganhar o lobo que tu escolheres alimentar..."

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Uma pergunta incisiva...


Todos temos convicções.

Algumas são úteis e outras nem por isso.

Por exemplo, se somos confrontados com um novo projecto no trabalho ou com o desafio de um novo relacionamento, as nossas convicções são uns instrumento poderosíssimo porque vão definir como vamos (ou não) abordar a situação.

Se, por exemplo, perante um novo desafio do trabalho, tivermos a convicção de que somos a pessoa ideal para esse projecto e que somos capazes, iremos abordar esse projecto com ânimo, motivação e empenho. Todos estes atributos são essenciais para o sucesso. Se, por outro lado, tivermos a convicção de que somos a pessoa errada para esse projecto e que não somos capazes, iremos abordar esse projecto com desânimo e desmotivação. Esses também, são factores fundamentais, mas para o insucesso (convenhamos que uma equipa que entra em campo a pensar que vai perder, provavelmente tem razão).

Em Programação Neurolinguística (PNL), as convicções que nos limitam e afectam negativamente aquilo que fazemos assim como os nossos resultados, são chamadas "Convicções Limitadoras".

Na actividade de coaching, a expressão "convicções" é usada frequentemente.

Existem muitas e muitas formas de se atacar uma convicção limitadora e anula-la (anulando assim o efeito negativo da mesma) assim como substituir essa convicção por uma convicção mais útil aos nossos propósitos (não há nada pior do que anular uma convicção e não a substituir; ela tende a voltar e mais forte do que nunca!).

O que queria hoje falar é sobre uma forma diferente de olhar para as convicções, que nos coloca a reflectir sobre as mesmas e sobre as vantagens e o desejo de ter convicções mais uteis. Uma forma que não será, porventura, tão conhecida.

A autora Nancy Kline, no seu livro "Time to Think: Listening to Ignite the Human Mind" desenvolveu aquilo a que ela chama "Uma Pergunta Incisiva".

Uma pergunta incisiva é uma pergunta que atravessa directamente o núcleo de uma convicção limitadora, emergindo no seu oposto. Ao fazer essa pergunta, ganhamos uma nova visão sobre a antiga convicção e começamos a explorar as possibilidades que existem para além desta.

Já falamos de trabalho, vamos falar do exemplo de relacionamentos para exemplificar.

Perante o desafio de um novo relacionamento vamos supor que temos a convicção de que não temos a idade ideal. Essa é, certamente, uma convicção limitadora. Basta olhar em volta para perceber do ponto de vista racional que a idade não é relevante no sucesso de um relacionamento.

Assim, o primeiro passo será perguntar, para nós, qual o oposta da actual convicção limitadora. Para algumas pessoas pode ser "Eu tenho a idade ideal!". Para outras pode ser "A idade é irrelevante para o sucesso". O que é importante é que cada pessoa defina o que é, para si, oposto da convicção que tem. É extremamente importante que cada pessoa personalize esta parte.

Depois a pessoa apenas tem de colocar a "Pergunta Incisiva"!

Neste caso a pergunta incisiva seria "Se eu soubesse que eu tenho a idade ideal para este relacionamento então o que faria?" ou "Se eu soubesse que a idade é irrelevante para o sucesso deste relacionamento então o que faria?".

Isto são verdadeiras questões incisivas que não apenas libertam a mente da convicção limitadora como lhe permitem "espreitar" o fantástico mundo de possibilidades que existe para além desta!

Brinquem com isto (de preferência por escrito; a escrita reforça o processo neurológico de mudança assim como acentua o impacto do exercício) e não se admirem se de repente começarem a pensar em oportunidades em vez de bloqueios:

  1. Escolham um objectivo ou desafio com que se encontram confrontados e perante o qual se vejam afectados por uma convicção limitadora;
  2. Escrevam qual a convicção limitadora;
  3. Escrevam aquilo que, para vocês, é o oposto dessa convicção;
  4. Escrevam a pergunta incisiva assim:
  • Se eu soubesse que [oposto da convicção limitadora] para o [objectivo / desafio] então o o que faria?
Divirtam-se!