terça-feira, 14 de julho de 2009

E se realmente eu não pudesse fazer nada…?

Quanto nos envolvemos em PNL, Coaching e teorias de auto-ajuda em geral (especialmente quando vamos a um seminário de um qualquer orador muito carismático que nos enche de energia) corremos o risco de ficar com a ideia de que somos invencíveis, nada nos pode parar e conseguimos fazer tudo. Ainda recentemente alguém me disse “Quanto eu tinha tua idade também pensava que ia ser invencível, que nada me podia parar!”

Isso deixou-me a pensar porque com “a minha idade” eu não penso que sou invencível nem que consigo tudo e sei que vou ter revezes. Quanto a isso não tenho ilusões. Será que é essa a ideia que este “meio” transmite lá “para fora”? Talvez…

Mas, para quem acha que é invencível, que consegue tudo e que nada o pode parar, existe uma questão interessante. Será que existem circunstâncias que tornam completamente impossível seguir os nossos objectivos, seguirmos as nossas maiores prioridades a um dado momento (ou dia, ou mês)? Acredito que sim. Não muitas, mas pensar o contrário seria irrealista, a meu ver.
Não importa o quão queiramos chegar a tempo ao trabalho ou ao ginásio para tratar das nossas prioridades, se o carro explodir, os transportes públicos estiverem em greve, as estradas fechas e snipers armados pelas ruas, talvez seja mais prudente esperar umas horas até tudo se acalmar em vez do “Go! Go! Go!” que muitas vezes associam às nossas doutrinas.

Por outro lado, muito honestamente, quando foi a última vez que se viram numa situação tão precária e limitadora e completamente fora do vosso controlo?

O supercoach Michael Neill coloca, nesses casos, aquilo a que ele chama a “million-dolar question”: “Se te pagassem um milhão de dólares (ou o que quer que inspirasse a pessoa), arranjarias forma de contornar o obstáculo? E se sim, o que farias diferente do que estás a fazer agora?”

E uma vez em cada 50 alguém lhe responde “NÃO! Nem por isso.” E é justo. É um indicador claro de que a causa é exterior e não existe condicionamento nem motivação que a vá ultrapassar.

Mas se a resposta a esta pergunta for um “SIM! Por um milhão de dólares eu dava a volta à situação!” então sabem que o problema não está no exterior. Está dentro de vocês e daquilo que vocês escolhem ser importante a cada momento. Talvez seja uma falta de clareza acerca do que tem de ser feito. Talvez uma falta de organização e de estrutura de suporte. Ou talvez uma falta de coragem. Mas tudo causas internas!

E como nós sabemos, para alterar o nosso estado interno, basta um pensamento!

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