segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Sobre felicidade...

A razão por que muitos de nós nunca conseguem experimentar a felicidade de forma regular (ou mesmo de todo) é porque nós procuramos no lugar errado. Perseguimos algo que realmente não pode ser “apanhado”. Felicidade é uma “nominalização”, ou seja, é algo que não existe fisicamente mas que nos referimos a ela como se existisse. E uma forma simples de testar isso é tentar colocar felicidade num balde!

A felicidade é o processo de criar e de experimentar bons sentimentos no corpo e na mente, a qualquer momento. Quando se reconhece a felicidade como um processo não como uma coisa, percebe-se que se pode fazê-la ou não a fazer. Pode-se dominá-la!

O objectivo então é duplo:
  1. Produzir mais boas sensações!
  2. Conviver com as sensações menos boas!

Existem três grandes mitos sobre a “felicidade”:

1. Só temos felicidade quando atingirmos algo (X euros no banco, aquela pessoa especial, aquele carro, etc.). Mas basta parar e pensar por um minuto para saber que é mentira. Basta abrir qualquer revista e ver quem tem essas coisas todas e mesmo assim vive uma vida miserável. Por outro lado temos conhecimentos de pessoas que não têm nada e são felizes! E sabem que mais? Não tem de parar aí!!!

2. É impossível estar feliz em certas circunstâncias. Sim, não se pode ser feliz a cada minuto de cada dia mas é certamente possível sentir alguma felicidade a qualquer hora. Muitas pessoas escolhem estar infelizes porque acham que essa é a atitude a ter em determinadas situações ou até pensam que muita felicidade é má! Estou a dizer que não há situações que nos deixam destroçados? Claro que sim! Mas será que queremos continuar a estar destroçados? A alimentar a infelicidade e a dor? Com que objectivo? Depois do choque, que escolha fazemos? E porquê?

3. A “infelicidade é boa para nós”. Nós justificamos a nossa infelicidade como se ela nos fosse impulsionar a acção. Há alguns coaches que defendem essa teoria. Basicamente, por exemplo, se me sentir infeliz com o meu corpo, isso vai-me motivar a fazer dieta! Mesmo? Como é que está a funcionar esta teoria consigo? Se me sentir infeliz com esta relação vou ter incentivo para procurar outra! E esta? Funciona?

A premissa de que a dor e a infelicidade são propulsores não faz sentido! Claro que dor e infelicidade motivam a acção mas é uma forma muito negativa de se começar a agir. Não haverá uma forma mais positiva e inspirada de nos motivarmos a agir…?

Outro problema com este mito é que a partir do momento em que acreditamos que precisamos de dor e de infelicidade na vida, começamos a atrair mais e mais dessas coisas. Torna-se uma “profecia auto-realizante”! É mesmo que queremos? Estar a regar infelicidade com mais infelicidade para fugir da infelicidade?


Aqui ficam então umas dicas para se sentirem felizes, mesmo quando acham que não devem, que não podem ou que isso vos vai “acomodar”:

• Cultivem boas sensações. Procurem uma boa sensação (no corpo ou na mente) e tente aumentá-la, só um pouco. E depois mais um pouco… E outro…

• Contem “histórias bonitas” a vocês próprios. Em vez de usarem a infelicidade como “chicote” para acção, usem “histórias vossas inspiradoras” para vos motivar. Por exemplo, em vez de se olharem ao espelho e dizerem “Sou gordo e feito!” (como se isso alguma vez motivasse alguém) digam “Está aqui um potencial enorme! Tenho imenso por onde pegar!”

E como também isto é um ciclo vicioso, quanto mais “histórias bonitas” contarem a vocês próprios, mais inspirados estarão, mais acção tomarão e mais “histórias bonitas” terão para contar!


O que quer que nós fazemos consistentemente, fazemos melhor.

Se nós praticamos a infelicidade e a dor, nós ficamos melhores em estar infelizes e irritados.

Se nós praticamos reprimir essas emoções, nós começamos a ser mais eficazes em ficar deprimidos.

Se nós praticamos sentir melhores sentimentos, contar “histórias bonitas” e actuar nesse sentido, ficamos melhores nisso também!!!


Live, love, leran and leave a legacy!

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