
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
Os "Caçadores de Mitos" testam Firewalking
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Balanço 2010 e Objectivos 2011

domingo, 5 de dezembro de 2010
Padrão de Desapaixonar

Estou de volta!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010
I'm not dead yet! :)
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Corações Partidos - Parte II

As emoções são processadas a todos os três níveis e afectam também como estes funcionam. As coisas que dizemos a nós próprios ao nível da mente consciente influencia o significado emocional que lhes damos e isso por sua vez vai afectar o nível de tensão no nosso corpo. Da mesma forma, as recordações de acontecimentos passados e a antecipação de acontecimentos futuros pode acontecer ao nível inconsciente dando lugar a respostas emocionais muito intensas. Finalmente, o estado da nossa fisiologia tende a influenciar o nosso estado de espírito e vice-versa. É por isso, por exemplo, que pessoas deprimidas tendem a caminhar lentamente, com os ombros curvados e estar sentadas ou deitadas por longos períodos de tempo.
De tudo isto resulta uma conclusão simples: Um desgosto amoroso vai afectar uma pessoa a nível do seu inconsciente, do consciente e da sua fisiologia.
Se todas as pessoas pensassem “para a próxima corre melhor” e encolhessem os ombros no fim de um relacionamento, não haveriam desgostos amorosos. Um desgosto amoroso acontece quando não se queria que a relação acabasse. E mesmo assim, nunca é tão simples. Alguns de nós têm parceiros tão complicados que é quase impossível viver com eles, mas quando a relação termina reparamos que é ainda mais difícil viver sem eles. Noutros casos, só reparamos quão profunda era a nossa ligação emocional quando a relação termina. Seja como for, mais cedo ou mais tarde temos de encarar a realidade assim como uma vida muito diferente da que projectamos. A nossa companhia foi-se e sentimos saudades. É um choque no sistema.
O choque emocional ao nível consciente, quando percebe que a relação terminou e o que isso significa, é tão forte que provoca uma reacção física. Ao nível fisiológico, o corpo não distingue entre uma ameaça emocional e uma ameaça física. Apenas se apercebe que existe uma ameaça ao bem-estar. O mecanismo de sobrevivência físico de que falei no post anterior entra em funcionamento, interrompendo a digestão, libertando adrenalina e carregando os músculos para combater a ameaça ou para fugir dela (fight or flight response). Mas não existe nenhuma ameaça para combater nem da qual fugir. E assim damos connosco com stress, tensão acumulada, pouco apetite, insónias, etc., tudo porque o corpo permanece num estado de alerta perante uma ameaça invisível.
O desgosto amoroso ao nível consciente
Uma das mais implacáveis causas de dor no final de uma relação é a constante circulação de pensamentos na mente. Mas como é que um pensamento pode causar dor? Todos sabemos que esses pensamentos são horríveis mas é complicado explicar porque são tão dolorosos. Quando damos uma martelada no dedo conseguimos descrever a dor como aguda e localizá-la no dedo. No caso de um desgosto amoroso, os pensamentos são dolorosos mas não conseguimos explicar a causa e muito menos apontar o local do corpo. Existe tensão na zona do estômago, mas não é bem isso. Existe tristeza quando pensamos que estamos sozinhos, mas também não é só isso. Porque é que é tão díficil de localizar e de ultrapassar e porque é que é tão desesperante?
A resposta reside na natureza da mente consciente. Como disse no post anterior, a mente consciente recebe as nossas percepções e atribui-lhes significado. O significado de algo é que determina a sua importância para nós. As coisas mais importantes (e com mais significado para nós) são as nossas histórias. O que aconteceu no passado e o que esperávamos que viesse a acontecer no futuro. A forma como a nossa mente faz sentido das nossas vidas é como relacionam as histórias, o passado, o presente e futuro. Quando sofremos um desgosto amoroso, todos os significados são anulados. O futuro é desfeito e o passado é questionado.
De certa forma, todo o desgosto amoroso é uma traição. É uma traição da promessa de amor. Uma promessa feita no passado para um compromisso de futuro. Para muitos de nós essa promessa ainda era secreta. Não tinha sido comunicada nem discutida mas na nossa mente já era verdadeira e estávamos à espera apenas que se concretizasse. Para outras pessoas, a promessa já tinha sido verbalizada. As causas pode sem muitas (alguém trai alguém, alguém engana alguém, nós subestimamos algumas pessoas e sobrestimamos outras, damos pessoas como um dado adquirido, perdemo-nos com outros focos de interesse, etc.) mas o resultado final é o mesmo. Quando não se concretiza, temos o desgosto amoroso.
E a dor dos nossos pensamentos, tão difícil de explicar e de localizar, vem exactamente da forma como a mente consciente os processa. Pensamos em todos os bons momentos que tivemos com a ex-parceira(o) e a seguir dizemos a nós próprios que nunca mais vamos ser assim felizes. Outras vezes revivemos os maus momentos, traições, discussões, etc. e perguntamos a nós próprios o que fizemos de errado. Pensamos na nossa ex-parceira(o) com outra pessoa e dizemos a nós próprios que por algum motivo não somos tão bons como essa pessoa. Também pensamos em como vai ser o “amanhã” e dizemos a nós próprios que vai ser infeliz porque aquela pessoa já não está presente. Para nós o futuro passa a ser desconhecido e o medo do desconhecido, do que não é familiar, é o medo mais forte do ser humano. Revivemos bons e maus momentos, projectamos imagens na nossa cabeça, e durante esse tempo todo estamos a comentar, a tirar conclusões deprimentes e essas conclusões repetidas são o que provoca dor. Assim, não é apenas um pensamento ou recordação que provoca dor, mas o significado que lhe damos, aquilo que dizemos a nós próprios a seguir.
O que é ainda mais estranho é porque é que as pessoas não param de fazer estes filmes, isto é, não alteram a sua forma de pensar? Existem vários motivos. O principal é porque a maioria das pessoas nem se apercebe que o está a fazer e mesmo quando se apercebe não compreende o quão importante estes pensamentos são para a sua dor. Outro motivo consiste no facto de não sermos capazes de “não pensar” em algo. Assim, quanto mais queremos não pensar na ex-parceira(o), mais difícil se torna.
Mas aquele que eu acho ser o aspecto mais grave, que impossibilita qualquer tipo de “luto” é que este comportamento, esta forma de pensar e de projectar, pode tornar-se um hábito inconsciente.
Quando repetimos uma determinada acção ou pensamento várias vezes, fortalecemos as sinapses no cérebro que lhe estão associadas e, como tal, esse pensamento ou comportamento torna-se gradualmente mais fácil de repetir até se tornar automático e acontecer regularmente sem qualquer intervenção consciente nossa. Porque isso é que para algumas pessoas basta ouvirem o nome da ex-parceira(o), visitarem um local ou comerem uma certa comida para dispararem a sinapses associadas a esses pensamentos e de um momento para o outro, sem quererem, se verem inundadas por pensamentos depressivos e pela dor do desgosto amoroso. Praticamos tanto em sentirmo-nos desgostosos que se torna automático. É uma das ironias da mente humana. Quando isso acontece, já nem sequer estamos realmente a sentir um desgosto amoroso. Estamos a repetir um comportamento programado por nós no nosso cérebro. É dor desnecessária e absolutamente inútil.
Agora que falei sobre como fazemos para nos sentirmos mal no final de uma relação (e volto a sublinhar que algum desconforto é sempre necessário ao processo de luto mas que 90% pode ser evitado e não tem qualquer utilidade) vou, no próximo post, partilhar algumas técnicas simples que ajudam no processo de recuperação de um desgosto amoroso.
Algumas destas técnicas são retiradas do campo da Programação Neurolinguística e outras ainda são pequenas técnicas que eu próprio e outras pessoas com quem trabalhei desenvolveram quando passaram por estas situações. Não digo que sejam uma panaceia para tudo nem para todas as pessoas mas acredito que podem ajudar a maioria das pessoas na maioria das situações.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Corações Partidos

Um desgosto amoroso é uma condição muito estranha. A dor pode ser excruciante mas ao mesmo tempo não é possível encontrar nenhuma ferida no corpo. Apesar de detestarmos essa sensação, que parece despertar milhões de outras a cada momento, sentimo-nos compelidos a reviver incontáveis vezes as nossas recordações, ideias e fantasias, tudo o que nos deixa pior.
Mas o que se está a passar afinal?
Algumas relações terminam ao fim de anos de duração sem qualquer impacto emocional significativo. Simplesmente “vão morrendo”. Outras, algumas longas e outras apenas com poucos meses, deixam atrás um desgosto esmagador. Na verdade, poucos meses são suficientes para se fazerem planos e projectarem-se futuros em conjunto. Criamos futuros na nossa imaginação. Futuros em que o romance nunca morre, a vida social nunca perde a excitação e a cumplicidade está sempre a aumentar. Quando isso acontece, todas essas projecções e ideias criam ligações no cérebro, reforçam as sinapses e uma vez que o sistema nervoso não consegue distinguir a realidade de algo vividamente imaginado, a um certo nível essa realidade já está a acontecer. Subitamente, pelos mais diversos motivos, a relação termina e um enorme carimbo CANCELADO é colocado sobre todas nossas aspirações.
Damos connosco a pensar repetidamente em como fomos idiotas ao pensar que a relação iria durar mas ao mesmo tempo somos incapazes de parar de pensar em tudo o que aconteceu, em tudo o que poderia ter acontecido e em como nunca mais se vai repetir algo assim. Este ciclo de pensamentos intensifica a dor de um desgosto amoroso mas somos incapazes de o parar e parece que a certa altura a nossa própria mente começou a conspirar contra nós.
Quando uma relação termina, é despoletado um leque enorme de emoções. Sentimos dor e perda, mas também sentimos raiva. O nosso modo de pensar é alterado. Perdemos o equilíbrio emocional e os nossos sentimentos mudam de minuto para minuto. Por exemplo, num minuto desejamos ter tudo de volta e no seguinte explodimos de raiva ao pensar nessa possibilidade. Esta confusão e volatilidade são factores de contribuem para o sofrimento.
No longo prazo todos temos um mecanismo natural que nos permite lidar com estas situações e eliminar gradualmente a sensação de desgosto e de sofrimento. Se ele não existisse, o mundo inteiro estaria em permanente desgosto amoroso. As sensações de perda e de desilusão num desgosto amoroso (ou de qualquer outro, na verdade!) são inevitáveis na vida e o mecanismo natural é vulgarmente conhecido por “luto”.
Durante o “luto” o ciclo de sensações ambíguas repete-se uma vez após outra mas com o tempo essas repetições tornam-se cada vez mais espaçadas e o seu impacto emocional é gradualmente menor. O que se passa é que a mente só nos deixa experimentar a tristeza e a dor necessárias para mudarmos um pouco os nossos sentimentos, ideias e conclusões. Depois pára até que tenhamos realizado todos os ajustes necessários e nos tenhamos habituado às novas situações. Depois liberta mais um pouco e o processo de ajuste repete-se novamente. Eventualmente tudo passa com o tempo e sem repararmos, essa relação está no passado. Claro que quem já teve o coração partido sabe perfeitamente o quão inútil é ouvir isso de quem quer que seja, por mais bem-intencionado que seja. Não queremos que passe porque nem o nosso corpo nem a nossa mente estão preparados!
O problema com os desgostos amorosos (ou qualquer outro desgosto) é que o processo natural de luto nem sempre funciona bem e mesmo quando funciona bem pode demorar muito mais tempo do que aquele que é realmente necessário. Muitas vezes as pessoas ficam presas numa ou noutra fase e dão por elas a repetir os mesmos processos de dor e de sofrimento sem qualquer evolução ao longo de meses e anos. Todos conhecemos casos assim. É absolutamente necessária alguma dor e algum sofrimento para que o processo de recuperação aconteça porque se não existisse tristeza nem dor, não haveria qualquer necessidade de recuperar!
É possível evitar muito do sofrimento e da tristeza associadas a um desgosto amoroso quando compreendemos como estamos a gerar essas sensações na nossa mente e como elas se reflectem no nosso corpo.
Mas o que estamos a fazer, afinal?
Os seres humanos são, essencialmente, uma combinação de três elementos:
Mente Consciente
- É a parte da nossa mente relacionada com a consciência e com a atribuição de significado a tudo o que experimentados. O nosso raciocínio lógico decorre na parte consciente da nossa mente. É também responsável pelo nosso diálogo interno.
Mente Inconsciente
- É a parte da nossa mente que armazena todos os nossos comportamentos automáticos, desde conduzir um carro até comer ou dormir.
- A maior parte dos nossos comportamentos é automática porque seria impossível considerar todas as alternativas e decisões a cada segundo do dia, na parte consciente da nossa mente. A simples tarefa de caminhar seria impossível se tivéssemos de considerar conscientemente quando levantar a perna, quanto a deslocar, onde e como colocar o pé, etc.!
- Esses comportamentos são os conhecidos “hábitos” que desenvolvemos ao longo do tempo. Temos milhares de hábitos armazenados no inconsciente. Comer, apertar os atacadores, lavar os dentes, conduzir carros, usar computadores, escrever, ler, etc. Fazemos tudo isso em “piloto automático”. O “piloto automático” só é desligado quando algo invulgar acontece que obriga a que a mente consciente actue (por exemplo, quando a nossa rota habitual para o trabalho está cortada por obras na estrada e temos de considerar uma alternativa)
- Um mecanismo básico para a criação destes hábitos é a "associação". A mente inconsciente lembra-se que fazemos sempre ou quase sempre duas coisas quaisquer em conjunto. Se continuarmos a fazer isso, logo que começarmos a fazer a primeira, passamos em “piloto automático” para a segunda sem pensar nisso. Quando o despertador toca de manhã, para muitas pessoas, o duche é o comportamento seguinte e nem pensam conscientemente nisso. A certa altura juntamos mais e mais hábitos num “grande hábito”, em que cada pequeno hábito anterior despoleta o seguinte. Por exemplo, todo o “ritual” de sair de casa de manhã pode ser considerado um grande hábito que decorre em “piloto automático”, desde que o despertador toca até sairmos de casa.
- Estes hábitos libertam a mente consciente para questões mais importantes mas podem ser um obstáculo porque muita da tristeza associada aos desgostos amorosos decorre de hábitos que temos e que não reparamos nem questionamos.
Sistema Fisiológico do Corpo
- A fisiologia, o corpo, não é apenas uma máquina que faz o que lhe mandam. Tem a sua própria inteligência: o sistema nervoso autonómico. Este sistema regula a respiração, o batimento cardíaco, a tensão arterial, etc.
- Tem também um mecanismo de sobrevivência próprio que provoca reacções automáticas em situações de perigo, sem intervenção da mente consciente. Por isso é que quando ouvimos um estrondo perto de nós ou algo se atravessa à frente do carro, reagimos automaticamente para preservar a sobrevivência.
- Toda a nossa actividade mental tem reflexos no corpo, aumentando ou libertando tensão a cada momento. O inverso também acontece. As nossas acções ou pensamentos, sempre que repetimos, fortalecem as sinapses associadas no cérebro, o que tornam essas mesmas acções e pensamentos cada vez mais fáceis de repetir.
Estes três elementos coexistem e interagem constantemente. É através da forma como usamos cada um destes elementos e como eles interagem entre si que geramos as sensações de perda e de tristeza associadas aos desgostos amorosos.
Como fazemos isso vai ser o tema do próximo post…
terça-feira, 13 de julho de 2010
Se "O Segredo" é tão bom, onde está o dinheiro?
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Conselhos para novos (e não só) coaches ;)
quarta-feira, 23 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
Alguém de explica....?

quarta-feira, 9 de junho de 2010
Indução por Aperto de Mão - Hipnose
terça-feira, 25 de maio de 2010
Paul Mckenna fala de Hipnose - Parte II
quarta-feira, 19 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Apresentação PNL - FNAC do Norteshopping - Entrada Gratuita


Meus caros, na próxima terça-feira, dia 18, pelas 21:30, na FNAC do Norteshopping, vou estar a participar numa apresentação / palestra de Introdução à Programação Neurolinguística (PNL), organizada pelo InPNL e pela FNAC.
Vamos estar a falar do que é PNL, quais as suas grandes forças e vantagens, os seus princípios e principais pressupostos e todas as suas inúmeras aplicações. Naturalmente que também haverá um espaço de Q&A com o público.
Se estão curiosos, já conhecem ou então nunca ouviram falar de PNL, asseguro que vão todos gostar do que vão assistir!
A PNL é a arte e a ciência da excelência humana. Tem resultados excepcionais nas áreas empresarial, educacional, do desenvolvimento pessoal, da saúde e do desporto.
Tornou-se a tecnologia de escolha do século XXI devido a sua grande eficiência em atingir os resultados desejados rapidamente e nos mais diversos campos da vida.
Esta ciência desenvolve com distinção as áreas da comunicação, influência, determinação de objectivos e uso de uma linguagem eficiente.
A palestra fica a cargo da Luzia Wittman, uma Master Trainer internacional de PNL com vários anos de experiência. Vão estar em boas mãos ;) O InPNL é uma das instituições com mais anos de experiência em Portugal no ensino da PNL e do coaching, do qual a Luzia é a directora.
Espero que apareçam todos e em grande número.
Até lá,
Ric
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Paul Mckenna fala de Hipnose
terça-feira, 20 de abril de 2010
Pêndulos e Galinhas

No último post falei de alguns mitos que rodeiam a temática da hipnose. O meu amigo Paulo, comentou que me tinha esquecido das situações em que, em programas de televisão, as pessoas são colocadas a fazer figuras estranhas e ridículas (cacarejar, por exemplo). Também referiu que não tinha falado do famoso pêndulo. Todos temos a imagem clássica do irresistível hipnotizador com um pêndulo na mão…
O motivo porque não falei desses dois temas é porque nenhum deles é mito. As pessoas, naqueles programas (pelo menos nos programas bem feitos!) estão realmente hipnotizadas e um pêndulo pode ser usado para hipnotizar.
Vamos ver primeiro a questão dos programas de televisão ou de palco em que pessoas são hipnotizadas e depois colocadas a fazer figuras ridículas, a alucinar e a comportar-se de forma estranha.
Um facto curioso é que o supercoach e hipnotizador Paul Mckenna fez diversos desses programas nos anos 90. Passaram em Portugal e quem viu nunca mais esqueceu a sua famosa frase para tirar as pessoas de transe: "Wakey, wakey!!! Rise and Shine!!!"
Mas eis o que se passa na realidade:
Antes do espectáculo o hipnotizador pede voluntários dispostos a fazer figuras ridículas por diversão;
Seguidamente testa todos para verificar quais são os que são mais facilmente hipnotizáveis e os mais obedientes;
Só então selecciona alguns, que são então hipnotizados e depois divertem o público!
É importante verificar aqui que o hipnotizador se certifica de que a) fazer figuras ridiculas ali não vai contra os princípios da pessoa e b) a pessoa é um bom sujeito hipnótico (isto é, obedece com facilidade aos comandos e é facilmente hipnotizável);
Quando isso não é possível, em programas gravados ao vivo ou num palco, alguns hipnotizadores dão-se mal com algumas pessoas porque escolhem sujeitos que não estão assim tão dispostos a participar ou não são bons sujeitos hipnóticos (toda a gente se lembra daquele programa do Herman do “firme e hirto”, não? ;)
Quanto ao pêndulo, é um bom instrumento para induzir hipnose, ainda que demasiado teatral para o meu gosto. O pêndulo é usado naquilo que se chama Indução por Fixação de Olhar.
Até a próxima!
terça-feira, 13 de abril de 2010
Mitos sobre Hipnose

quarta-feira, 7 de abril de 2010
O que é Hipnose?
Existem muitas definições sobre o que é hipnose mas acredito que a mais simples e verdadeira é que hipnose è um estado alterado de consciência em que o consciente e o inconsciente podem ser focalizados e susceptíveis à mudança.
Todas as pessoas passam por esses estados de uma forma mais ou menos involuntária.
Já repararam quando estamos no semáforo e ele fica verde e continuamos ali parados sem reparar até o carro de trás apitar? Ou então quando conduzimos do ponto A ao ponto B e quando chegamos não nos lembramos da maioria da viagem porque viemos em “piloto automático”? Ou então quando estamos sentados, talvez numa esplanada, a sonhar acordados? Ou quando nos perdemos a ver um certo programa de TV? O que acontece nesses momentos? A mente “vagueia” e perdemo-nos em pensamentos… Esse estado alterado é uma forma de transe hipnótico.
Quando se fala em hipnose, não se fala em mais do que induzir esse transe de forma objectiva, no momento apropriado e com um objectivo concreto. Os objectivos são, normalmente, os de aceder a recursos que já temos no inconsciente mas aos quais não conseguimos aceder facilmente (ou de todo!) de forma consciente.
É neste sentido que a hipnose é usada em PNL e em coaching, para que o cliente consiga relaxar o suficiente para poder aceder a recursos do seu inconsciente ou integrar de forma mais profunda novos conhecimentos e novas aprendizagens. É uma ferramenta poderosa apesar de todos os mitos que circulam à sua volta.
Concretizando, ao aceder ao seu inconsciente, o cliente dispõe de muitos mais recursos para enfrentar os desafios que se lhe apresentam. Alguns dos muitos exemplos do uso actual da hipnose são o controlo de “maus hábitos”, o relaxamento, o controlo da dor, o reforço da confiança e da determinação, a alteração de comportamentos, a visualização, a obtenção de novas perspectivas, o apoio no tratamento de depressão, a melhoria da concentração, problemas de fala, insónia, fobias, etc.
Recordo-me de um colega que frequentou um curso de introdução à PNL na qual o trainer (que duvido que fosse realmente um NLP Trainer) lhe disse que não usava hipnose porque não tinha utilidade… (não irei comentar).
A verdade é que a hipnose tem sido usada ao longo dos milénios com muito sucesso. Claro que com nomes diferentes, mas se atendermos à definição, trata-se simplesmente de hipnose. A hipnose como hoje é conhecida beneficiou em muito grande medida do trabalho de uma vida inteira de Milton H. Erickson.

Ao longo da sua vida (que fica para outro post) ele desmistificou a hipnose, agilisou o seu uso e obteve resultados tão inegavelmente extraordinários que a hipnose passou a ser considerada uma prática legítima.
Muito do trabalho de Erickson, as suas técnicas, ideias e padrões não estariam hoje disponíveis se não fosse pelo trabalho dos dois criadores da PNL, Richard Bandler e John Grinder. Durante 11 meses eles viveram com Erickson, estudaram e modelaram todo o seu trabalho. Eventualmente publicaram dois livros que sintetizava tudo o que aprenderam (e cujo conteúdo o próprio Erickson aprovou, meses antes de morrer). Os livros “Patterns of the Hypnotic Techniques of Milton H. Erickson, M.D”, volumes I e II, tornaram-se, a par com a “The Structure of Magic”, nos fundamentos da Programação Neurolinguística e hipnose num dos seus instrumentos mais poderosos. Esta modelagem permitiu a muitos terapeutas e estudiosos, mesmo que sem interesse pela PNL, aprenderem as técnicas e ideias de Erickson.
Posteriormente, muitos mais livros foram escritos e muitas das técnicas de Erickson foram refinadas e “aceleradas”. Richard bandler, em particular, dedicou e dedica muito do seu trabalho na PNL ao estudo, uso e melhoramento de técnicas hipnóticas.
E por hoje ficamos por aqui…
No próximo post, vamos falar de alguns mitos que por aí circulam sobre hipnose e sobre o transe hipnótico...
terça-feira, 6 de abril de 2010
Vamos falar de hipnose...
domingo, 4 de abril de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
Se "O SEGREDO" é tão bom, onde está o meu Ferrari?
Se O SEGREDO é tão bom, onde está o meu Ferrari?!
domingo, 28 de março de 2010
PNL e... Alimentação?

Mais um livro do Paul Mckenna em Portugal (a este ritmo daqui a um ano serão todos!)
Desta vez o objectivo é aplicar as técnicas mais poderosas e conhecidas da Programação Neurolinguística à alimentação e, especialmente, à perda de peso. Quem comprar este livro à espera de uma dieta vai ficar desiludido. Em ponto nenhum é dito ao leitor que deve comer mais disto ou menos daquilo. Não existe um único conselho ou regra nutricional ao longo de todo o livro.
O que defende este sistema então? De uma forma simples, defende que o cérebro sabe sempre o que quer e o que não quer. Sabe sempre quando quer e quanto quer. As técnicas e as regras sugeridas pelo Paul destinam-se precisamente a que os leitores consigam “ouvir” melhor o seu corpo, compreendendo aquilo que ele quer.
Existem apenas quatro regras (ridiculamente) simples no sistema:
- Quando tiver fome, coma!
- Como o que quiser, não aquilo que acha que devia comer!
- Coma devagar. Saboreie a comida.
- Mal pense que está a ficar satisfeito pare!
E é isto e nada mais do que isto.
De acordo com o Paul, quando se seguem estas regras, o corpo vai naturalmente pedir os alimentos que necessita e na quantidade que necessita. É muito interessante não haver “comidas proibidas”. Todos sabemos que quando uma comida se torna “proibida”, torna-se mais apetecida! Desta forma elimina-se o risco.
Paul também ataca o problema da “comida emocional”, as situações em que as pessoas comem não porque têm forma mas porque desejam combater um estado emocional em que se encontram (tristeza, depressão, etc.). Outro problema abordado é o “vício” em certas comidas, que normalmente se cria quando se ingerem grandes quantidades de certas comidas que geram descargas de serotonina (o “químico da felicidade”) no cérebro. Em ambos os casos, ele sugeres técnicas muito fortes de Programação Neurolinguística para restabelecer o equilíbrio emocional sem a ajuda de comida e para combater os “desejos irracionais” de certas comidas.
A sua abordagem ao exercício físico também é invulgar. Em vez de sugerir um programa ou um ginásio, Paul defende que qualquer pessoa que não esteja paralisada já está a fazer exercício. Só precisa de se mexer mais! Se esse mexer consiste em mais alguns passos por dia, umas caminhadas ou simplesmente estacionar o carro mais longe, não é relevante. O que é relevante é por corpo a mexer e o sangue a circular.
Finalmente, ele refere também o problema da auto-imagem e de como a nossa auto-imagem pode ser um factor decisivo no sucesso ou no insucesso dos nossos hábitos alimentares. E mais uma vez, apresenta ao leitor regras claras de exercícios de Programação Neurolinguística para combater esses problemas.
O livro de Paul Mckenna não trás nada de exactamente novo. Tudo o que ele diz parece ser do senso comum. Infelizmente, como diz Richard Bandler, "o problema do senso comum é não ser assim tão comum…"
Este livro tem, isso sim, o grande mérito de reunir um conjunto de “melhores práticas” alimentares num sistema fácil e coerente (e será que um dos principais pontos da Programação Neurolinguística não é exactamente ir procurar as melhores práticas onde quer que elas estejam?).
E funciona? Bem, este programa segue as linhas gerais dos programas de alimentação intuitiva que apresentam, em todo o mundo, taxas de sucesso superiores a 70%, muito acima dos 11% das dietas tradicionais. Por esse ângulo é fácil compreender que funciona mas tal como diz o autor, é fundamental seguir à letra as instruções (sim, aquelas 4 regras). Se forem seguidas, funciona. Se não forem, provavelmente não vai funcionar. Eu concordo com essa ideia.
O seu estilo simples e bem-disposto (e extremamente crítico das dietas tradicionais) mantém a leitura ligeira e agradável mas existem pontos que realmente deixam o leitor a pensar durante algum tempo. O CD de hipnose, comum nos livros de Paul Mckenna, segue a linha de uma indução tradicional e proporciona 25 minutos de profundo relaxamento.
Divirtam-se!
quinta-feira, 11 de março de 2010
Encontramos o que trazemos

Há muito tempo atrás, num futuro distante, a travessia entre duas terras era feita por uma longa viagem marítima. Numa dessas viagens, para passar o tempo, um viajante acercou-se de um marinheiro e perguntou-lhe:
“Como são as pessoas naquela terra?”
O marinheiro franziu o sobrolho:
“Como são as pessoas na terra de onde vem?”
O homem fez uma careta:
“Horríveis. Más. Mesquinhas. Foi por isso que parti.”
O marinheiro abanou a cabeça:
“Receio que as pessoas na próxima terra sejam mais ou menos iguais…”
Algum tempo depois outro homem aproximou-se do marinheiro e perguntou:
“Como são as pessoas naquela terra?”
O marinheiro virou-se para o homem:
“Como são as pessoas na terra de onde vem?”
O homem soltou um suspiro:
“Fantásticas. Carinhosas. Amáveis. Tenho muita pena de me ter vindo embora.”
O marinheiro sorriu:
“Eu não me preocupava se fosse a si, vai ver que as pessoas na próxima terra são mais ou menos iguais…”
terça-feira, 9 de março de 2010
Introdução do livro SUPERCOACH
