Imaginemos que um gestor vai a passar num corredor do seu serviço e encontra um dos seus colegas, o senhor José.
Assim que se aproxima do seu colega, o senhor José cumprimenta-o e diz-lhe: “Bom dia, ainda bem que o encontro. Estou com um problema, sabe…”. Enquanto o senhor José expõe o seu problema, o gestor identifica as duas características que são comuns a todos os problemas para os quais os seus colegas chamam a sua atenção. Ele conhece o problema o suficiente para se sentir envolvido, mas não o suficiente para o resolver ali.
O gestor escuta o seu colega e acaba por lhe dizer: “Ainda bem que me fala disso. Agora estou com pressa, mas deixe-me reflectir sobre o assunto, que eu digo-lhe alguma coisa”.
Analisemos o que acaba de se passar:
Antes de encontrar o colega, em que costas é que estava o “macaco”?
* Nas do senhor José.
Quando se separaram, em que costas é que está?
* Nas do gestor.
O tempo que o colega lhe impõe começou quando um “macaco” saltou do ombro dele para o seu. E só acabará quando “macaco” regressar para ser alimentado e tratado pelo seu dono.
Aceitando o “macaco”, o gestor, de livre vontade, aceitou uma posição de subordinado relativamente ao seu colega. Aceitou o problema do seu colega, fazendo duas coisas que só faz geralmente perante o seu chefe:
1. Aceitou uma responsabilidade que não era sua;
2. Prometeu ao seu colega prestar-lhe contas da sequência do processo.
Agora, há grandes possibilidades que o senhor José, para se assegurar que o colega não se esquece do seu “macaco”, espreite pela porta do seu gabinete e lhe pergunte ingenuamente:
“Em que ponto é que está?”
A isto chama-se “supervisão”.
1. Quantas vezes isto vos aconteceu?
2. Porque é que aconteceu e quanto tempo vos custou?
3. Como podem lidar de forma diferente com estas situações?