domingo, 19 de dezembro de 2010

Os "Caçadores de Mitos" testam Firewalking

Boas!

Este post pode ser mais ou menos enquadrado no tema do desenvolvimento pessoal, dependendo das nossas experiências.

O Firewalking é um tema usado por algumas individualidades do desenvolvimento pessoal (por exemplo, o Tony Robbins) como representativo da nossa capacidade de vencer os medos mais primitivos.

Mas será tudo "mente sobre matéria"? Eu sempre soube que não, mas gostei de ver os "Caçadores de Mitos" a debruçarem-se sobre este fenómeno...

Aqui ficam os vídeos e a explicação!






quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Balanço 2010 e Objectivos 2011


Em jeito de balanço rápido de 2010 fico muito contente por ter atingido os meus 3 maiores objectivos:

1. Relacionamento pessoal estável e SÉRIO

2. Auto-suficiência profissional no campo do Coaching e Formação

3. Tornar-me um NLP Trainer



Em 2011 virão novos desafios e aventuras mas já tracei os 3 grandes objectivos:

1. Elevação do relacionamento pessoal a um novo nível

2. Retribuir / Agradecer ás pessoas que fizeram este ano o que foi... ("Give to those who give to you, plus or minus two." Richard Bandler)

3. Passar de auto-suficiência a ABUNDÂNCIA profissional no campo do Coaching e Formação


Cá estaremos para trabalhar, ver e medir!!!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Padrão de Desapaixonar

Boas!

Conforme prometido, venho apresentar uma técnica (com T grande) da PNL, que é usada para interromper padrões de comportamento destrutivo, seja ele qual for. Naturalmente que esta técnica, podendo ser usada em diversos contextos, é mais adequada numas situações do que outras. Acredito que pertence ao responsável pela sua aplicação a decisão acerca de ser ou não a melhor opção.

Este padrão foi desenvolvido por Richard Bandler, quando fazia acompanhamento em abrigos de mulheres vítimas de violência doméstica. O que ele observou foi que apesar das situações dramáticas que muitas das residentes passavam, acabavam sempre por regressar ao parceiro abusivo. Sempre que lhes perguntava o que as fazia regressar, elas respondiam:

- "Porque o amo..."

Por outro lado, ele também reparou que algumas das mulheres desistiam de vez e iniciavam uma nova vida. Quando lhes perguntava como fizeram, elas todas invariavelmente respondiam algo do género:

- "Pensei em todas as situações em que ele me agrediu, que me tratou mal... E de repente deu-se um click! Foi a gota de água!"


Esta técnica, que ele desenvolveu a partir daí, pretende gerar no nosso cérebro a gota de água que nos faz dizer "CHEGA!!! ESTOU FARTO!!!" seja o assunto um desgosto amoroso, um mau hábito ou qualquer situação prejudicial.

A ideia aqui é que quando os "maus acontecimentos" sucedem muito rapidamente, o cérebro farta-se e é, literalmente, a gota de água. Infelizmente, quando estamos a passar por um desgosto amoroso, só nos lembramos das coisas boas. E quando pensamos nas más, vêmo-las de uma forma dissociada, ténue e distante. Também as vemos como tendo acontecido esporádicamente. É a nossa forma irracional de racionalizar o desgosto que insistimos em perpetuar. O que esta técnica faz é repetir no cérebro da pessoa todos os maus momentos (os 5 piores, na verdade), ao vivo e a cores, de uma forma tão intensa que o cérebro muda por completo a forma de ver o fim da relação e a pessoa que partiu.

Não é que se passe a odiar a outra pessoa, mas simplesmente o cérebro gera uma indiferença marcante e uma vontade nova de prosseguir para outra aventura.

Esta técnica é conhecida pelo "Padrão do Limiar / Threshold Pattern" mas para desgostos amorosos, gosto de pensar nela como "Padrão de Desapaixonar" porque o efeito é mesmo esse!

Antes de apresentar a técnica, aqui fica uma palavra séria de aviso: Esta técnica não deve ser aplicada por alguém sozinho se não tiver bons conhecimentos de PNL. Dados os seus passos, o ideal é ser aplicada sob a orientação de alguém experiente em PNL e deve apenas ser usada quando existe a certeza absoluta que a pessoa quer eliminar o problema de vez. Apresento-a aqui apenas como exemplo e não recomendação.

Agora sim, aqui fica a técnica, com um aviso suplementar!


AVISO

Ultrapassar os limiares pode ser muito poderoso e permanente. Certifique-se de que o está a fazer nos melhores interesses do cliente (ou dos seus). É importante que este processo seja levado ao extremo e até ao final. Interromper o processo ou não o executar com eficácia suficiente pode deixar o cliente pior.

Um transe muito ligeiro pode ter um efeito positivo no resultado final.

- Dr. Richard Bandler in “Richard Bandler’s Guide to Trance-Formations”

1. Escolha a imagem mais romântica que tem do seu ex-parceiro/a. De uma altura em tudo era perfeito e ideal. Guarde a imagem, que daqui a momentos será necessária.

2. Escolha CINCO situações em que pensou que o ex-parceiro/a era uma pessoa horrível. As cinco piores em que sucedeu algo e que pensou que aquela pessoa não o merecia, que era o pior gasto de tempo e de amor que poderia ter na vida (por exemplo: discussões, traições, faltas de respeito, atitudes, etc.)

(num contexto de coaching, o coach pode achar necessário saber pormenores das experiencias ou apenas usar um código para cada uma, conforme o cliente)

3. Passar em ciclo cada uma das experiências negativas pelo menos cinco vezes (num mínimo todal de 25 vezes), vendo-se de forma associada nas situações, cada vez mais rapidamente, ampliando o tamanho, aumentado os pormenores, fazendo as cores mais vivas, os sons mais nítidos, etc. Tem de ser feito de forma rápida e decisiva para que a intensidade das recordações e das emoções o esmaguem completamente, o levem a níveis cada vez mais elevados de saturação, até todo o ciclo ser um longo e doloroso filme, todo seguido, e a intensidade emocional das experiências explode e o afoga.

4. No auge dos sentimentos negativos (aqui a calibragem é fundamental!) recordar a imagem romântica do Passo 1.

No final do quarto passo verifica-se um colapso de emoções e todas as emoções românticas e falsas acerca de uma pessoa que já não existe na nossa vida são eliminadas!

Simples, brutal e muito eficaz!

Até à próxima!!!

Estou de volta!

Boas!

Estou finalmente de volta com mais tempo para dedicar ao blog.

Os últimos meses foram recheados de trabalho (AKA divertimento) na área da formação e do coaching. Passei imenso tempo fora pelo que também me foi complicado acompanhar o blog. Mas sem qualquer arrependimento em termos de resultados! Sejam todos os meses como os três últimos.

Entretanto, tive também oportunidade de completar o meu curso de NLP Trainer, completando assim um ciclo de aprendizagem no campo da PNL. Mas apenas um ciclo e não a viagem... Antecipo muitos mais ciclos e aventuras. A PNL tem sido uma aventura verdadeiramente fascinante e que mudou a minha vida para melhor. Não tenciono parar por aqui!


Antes do meu interregno, apresentei dois posts sobre o fenómeno dos desgostos amorosos e apresentei uma visão neurolinguísta da situação. Agradeço a todos o feedback que me enviaram!

Terminei a dizer que apresentaria algumas das técnicas mais eficazes (para mim e para as pessoas com quem trabalho) para lidar com estas situações. No entanto, utilizei esse mesmo conteúdo para sustentar a minha apresentação do final de curso de NLP Trainer, pelo que não as quis apresentar antes.

Deixo aqui ficar a minha apresentação de final de curso. No próximo post irei deixar ficar uma técnica tão eficaz como perigosa (em termos de efeitos permanentes), que não é mais do que uma técnica já existente há cerca de 20 anos...

Até muito breve!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

I'm not dead yet! :)

Boas!

Sei que estou em falha relativamente ao post prometido sobre ideias e técnicas a utilizar no caso de "Corações Partidos" mas isso terá de esperar até ao final do meu NLP Trainer Training que está a decorrer até ao final do mês uma vez que esse conteúdo faz parte dos trabalhos fim de curso...

Entretanto, entre esse curso, o coaching e os muitos cursos que estou a dar, o tempo vai escasseando. Em breve, com nova organização implementada, de modo a ter mais tempo disponível, conto voltar em força...

Até lá, aqui fica uma ideia interessante...


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Corações Partidos - Parte II


Como falei no post anterior, os três elementos (Mente Consciente, Mente Inconsciente e Fisiologia) não são mais do que três aspectos distintos do mesmo ser humano. Nós existimos e operamos simultaneamente nos três e nenhum pode existir sem os outros. O que é ainda mais importante é que nada na realidade pode ser experimentado apenas a um nível. Todas as experiências na vida são experimentadas aos três níveis e o mais crucial é que a experiência a um nível vai influenciar a mesma experiência nos outros níveis. Não é diferente quando se trata de experimentar um desgosto amoroso.


As emoções são processadas a todos os três níveis e afectam também como estes funcionam. As coisas que dizemos a nós próprios ao nível da mente consciente influencia o significado emocional que lhes damos e isso por sua vez vai afectar o nível de tensão no nosso corpo. Da mesma forma, as recordações de acontecimentos passados e a antecipação de acontecimentos futuros pode acontecer ao nível inconsciente dando lugar a respostas emocionais muito intensas. Finalmente, o estado da nossa fisiologia tende a influenciar o nosso estado de espírito e vice-versa. É por isso, por exemplo, que pessoas deprimidas tendem a caminhar lentamente, com os ombros curvados e estar sentadas ou deitadas por longos períodos de tempo.


De tudo isto resulta uma conclusão simples: Um desgosto amoroso vai afectar uma pessoa a nível do seu inconsciente, do consciente e da sua fisiologia.


Se todas as pessoas pensassem “para a próxima corre melhor” e encolhessem os ombros no fim de um relacionamento, não haveriam desgostos amorosos. Um desgosto amoroso acontece quando não se queria que a relação acabasse. E mesmo assim, nunca é tão simples. Alguns de nós têm parceiros tão complicados que é quase impossível viver com eles, mas quando a relação termina reparamos que é ainda mais difícil viver sem eles. Noutros casos, só reparamos quão profunda era a nossa ligação emocional quando a relação termina. Seja como for, mais cedo ou mais tarde temos de encarar a realidade assim como uma vida muito diferente da que projectamos. A nossa companhia foi-se e sentimos saudades. É um choque no sistema.


O choque emocional ao nível consciente, quando percebe que a relação terminou e o que isso significa, é tão forte que provoca uma reacção física. Ao nível fisiológico, o corpo não distingue entre uma ameaça emocional e uma ameaça física. Apenas se apercebe que existe uma ameaça ao bem-estar. O mecanismo de sobrevivência físico de que falei no post anterior entra em funcionamento, interrompendo a digestão, libertando adrenalina e carregando os músculos para combater a ameaça ou para fugir dela (fight or flight response). Mas não existe nenhuma ameaça para combater nem da qual fugir. E assim damos connosco com stress, tensão acumulada, pouco apetite, insónias, etc., tudo porque o corpo permanece num estado de alerta perante uma ameaça invisível.



O desgosto amoroso ao nível consciente


Uma das mais implacáveis causas de dor no final de uma relação é a constante circulação de pensamentos na mente. Mas como é que um pensamento pode causar dor? Todos sabemos que esses pensamentos são horríveis mas é complicado explicar porque são tão dolorosos. Quando damos uma martelada no dedo conseguimos descrever a dor como aguda e localizá-la no dedo. No caso de um desgosto amoroso, os pensamentos são dolorosos mas não conseguimos explicar a causa e muito menos apontar o local do corpo. Existe tensão na zona do estômago, mas não é bem isso. Existe tristeza quando pensamos que estamos sozinhos, mas também não é só isso. Porque é que é tão díficil de localizar e de ultrapassar e porque é que é tão desesperante?


A resposta reside na natureza da mente consciente. Como disse no post anterior, a mente consciente recebe as nossas percepções e atribui-lhes significado. O significado de algo é que determina a sua importância para nós. As coisas mais importantes (e com mais significado para nós) são as nossas histórias. O que aconteceu no passado e o que esperávamos que viesse a acontecer no futuro. A forma como a nossa mente faz sentido das nossas vidas é como relacionam as histórias, o passado, o presente e futuro. Quando sofremos um desgosto amoroso, todos os significados são anulados. O futuro é desfeito e o passado é questionado.


De certa forma, todo o desgosto amoroso é uma traição. É uma traição da promessa de amor. Uma promessa feita no passado para um compromisso de futuro. Para muitos de nós essa promessa ainda era secreta. Não tinha sido comunicada nem discutida mas na nossa mente já era verdadeira e estávamos à espera apenas que se concretizasse. Para outras pessoas, a promessa já tinha sido verbalizada. As causas pode sem muitas (alguém trai alguém, alguém engana alguém, nós subestimamos algumas pessoas e sobrestimamos outras, damos pessoas como um dado adquirido, perdemo-nos com outros focos de interesse, etc.) mas o resultado final é o mesmo. Quando não se concretiza, temos o desgosto amoroso.


E a dor dos nossos pensamentos, tão difícil de explicar e de localizar, vem exactamente da forma como a mente consciente os processa. Pensamos em todos os bons momentos que tivemos com a ex-parceira(o) e a seguir dizemos a nós próprios que nunca mais vamos ser assim felizes. Outras vezes revivemos os maus momentos, traições, discussões, etc. e perguntamos a nós próprios o que fizemos de errado. Pensamos na nossa ex-parceira(o) com outra pessoa e dizemos a nós próprios que por algum motivo não somos tão bons como essa pessoa. Também pensamos em como vai ser o “amanhã” e dizemos a nós próprios que vai ser infeliz porque aquela pessoa já não está presente. Para nós o futuro passa a ser desconhecido e o medo do desconhecido, do que não é familiar, é o medo mais forte do ser humano. Revivemos bons e maus momentos, projectamos imagens na nossa cabeça, e durante esse tempo todo estamos a comentar, a tirar conclusões deprimentes e essas conclusões repetidas são o que provoca dor. Assim, não é apenas um pensamento ou recordação que provoca dor, mas o significado que lhe damos, aquilo que dizemos a nós próprios a seguir.


O que é ainda mais estranho é porque é que as pessoas não param de fazer estes filmes, isto é, não alteram a sua forma de pensar? Existem vários motivos. O principal é porque a maioria das pessoas nem se apercebe que o está a fazer e mesmo quando se apercebe não compreende o quão importante estes pensamentos são para a sua dor. Outro motivo consiste no facto de não sermos capazes de “não pensar” em algo. Assim, quanto mais queremos não pensar na ex-parceira(o), mais difícil se torna.


Mas aquele que eu acho ser o aspecto mais grave, que impossibilita qualquer tipo de “luto” é que este comportamento, esta forma de pensar e de projectar, pode tornar-se um hábito inconsciente.


Quando repetimos uma determinada acção ou pensamento várias vezes, fortalecemos as sinapses no cérebro que lhe estão associadas e, como tal, esse pensamento ou comportamento torna-se gradualmente mais fácil de repetir até se tornar automático e acontecer regularmente sem qualquer intervenção consciente nossa. Porque isso é que para algumas pessoas basta ouvirem o nome da ex-parceira(o), visitarem um local ou comerem uma certa comida para dispararem a sinapses associadas a esses pensamentos e de um momento para o outro, sem quererem, se verem inundadas por pensamentos depressivos e pela dor do desgosto amoroso. Praticamos tanto em sentirmo-nos desgostosos que se torna automático. É uma das ironias da mente humana. Quando isso acontece, já nem sequer estamos realmente a sentir um desgosto amoroso. Estamos a repetir um comportamento programado por nós no nosso cérebro. É dor desnecessária e absolutamente inútil.


Agora que falei sobre como fazemos para nos sentirmos mal no final de uma relação (e volto a sublinhar que algum desconforto é sempre necessário ao processo de luto mas que 90% pode ser evitado e não tem qualquer utilidade) vou, no próximo post, partilhar algumas técnicas simples que ajudam no processo de recuperação de um desgosto amoroso.


Algumas destas técnicas são retiradas do campo da Programação Neurolinguística e outras ainda são pequenas técnicas que eu próprio e outras pessoas com quem trabalhei desenvolveram quando passaram por estas situações. Não digo que sejam uma panaceia para tudo nem para todas as pessoas mas acredito que podem ajudar a maioria das pessoas na maioria das situações.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Corações Partidos

Um desgosto amoroso é uma condição muito estranha. A dor pode ser excruciante mas ao mesmo tempo não é possível encontrar nenhuma ferida no corpo. Apesar de detestarmos essa sensação, que parece despertar milhões de outras a cada momento, sentimo-nos compelidos a reviver incontáveis vezes as nossas recordações, ideias e fantasias, tudo o que nos deixa pior.


Mas o que se está a passar afinal?


Algumas relações terminam ao fim de anos de duração sem qualquer impacto emocional significativo. Simplesmente “vão morrendo”. Outras, algumas longas e outras apenas com poucos meses, deixam atrás um desgosto esmagador. Na verdade, poucos meses são suficientes para se fazerem planos e projectarem-se futuros em conjunto. Criamos futuros na nossa imaginação. Futuros em que o romance nunca morre, a vida social nunca perde a excitação e a cumplicidade está sempre a aumentar. Quando isso acontece, todas essas projecções e ideias criam ligações no cérebro, reforçam as sinapses e uma vez que o sistema nervoso não consegue distinguir a realidade de algo vividamente imaginado, a um certo nível essa realidade já está a acontecer. Subitamente, pelos mais diversos motivos, a relação termina e um enorme carimbo CANCELADO é colocado sobre todas nossas aspirações.


Damos connosco a pensar repetidamente em como fomos idiotas ao pensar que a relação iria durar mas ao mesmo tempo somos incapazes de parar de pensar em tudo o que aconteceu, em tudo o que poderia ter acontecido e em como nunca mais se vai repetir algo assim. Este ciclo de pensamentos intensifica a dor de um desgosto amoroso mas somos incapazes de o parar e parece que a certa altura a nossa própria mente começou a conspirar contra nós.


Quando uma relação termina, é despoletado um leque enorme de emoções. Sentimos dor e perda, mas também sentimos raiva. O nosso modo de pensar é alterado. Perdemos o equilíbrio emocional e os nossos sentimentos mudam de minuto para minuto. Por exemplo, num minuto desejamos ter tudo de volta e no seguinte explodimos de raiva ao pensar nessa possibilidade. Esta confusão e volatilidade são factores de contribuem para o sofrimento.


No longo prazo todos temos um mecanismo natural que nos permite lidar com estas situações e eliminar gradualmente a sensação de desgosto e de sofrimento. Se ele não existisse, o mundo inteiro estaria em permanente desgosto amoroso. As sensações de perda e de desilusão num desgosto amoroso (ou de qualquer outro, na verdade!) são inevitáveis na vida e o mecanismo natural é vulgarmente conhecido por “luto”.


Durante o “luto” o ciclo de sensações ambíguas repete-se uma vez após outra mas com o tempo essas repetições tornam-se cada vez mais espaçadas e o seu impacto emocional é gradualmente menor. O que se passa é que a mente só nos deixa experimentar a tristeza e a dor necessárias para mudarmos um pouco os nossos sentimentos, ideias e conclusões. Depois pára até que tenhamos realizado todos os ajustes necessários e nos tenhamos habituado às novas situações. Depois liberta mais um pouco e o processo de ajuste repete-se novamente. Eventualmente tudo passa com o tempo e sem repararmos, essa relação está no passado. Claro que quem já teve o coração partido sabe perfeitamente o quão inútil é ouvir isso de quem quer que seja, por mais bem-intencionado que seja. Não queremos que passe porque nem o nosso corpo nem a nossa mente estão preparados!


O problema com os desgostos amorosos (ou qualquer outro desgosto) é que o processo natural de luto nem sempre funciona bem e mesmo quando funciona bem pode demorar muito mais tempo do que aquele que é realmente necessário. Muitas vezes as pessoas ficam presas numa ou noutra fase e dão por elas a repetir os mesmos processos de dor e de sofrimento sem qualquer evolução ao longo de meses e anos. Todos conhecemos casos assim. É absolutamente necessária alguma dor e algum sofrimento para que o processo de recuperação aconteça porque se não existisse tristeza nem dor, não haveria qualquer necessidade de recuperar!


É possível evitar muito do sofrimento e da tristeza associadas a um desgosto amoroso quando compreendemos como estamos a gerar essas sensações na nossa mente e como elas se reflectem no nosso corpo.


Mas o que estamos a fazer, afinal?


Os seres humanos são, essencialmente, uma combinação de três elementos:


Mente Consciente

  • É a parte da nossa mente relacionada com a consciência e com a atribuição de significado a tudo o que experimentados. O nosso raciocínio lógico decorre na parte consciente da nossa mente. É também responsável pelo nosso diálogo interno.

Mente Inconsciente

  • É a parte da nossa mente que armazena todos os nossos comportamentos automáticos, desde conduzir um carro até comer ou dormir.
  • A maior parte dos nossos comportamentos é automática porque seria impossível considerar todas as alternativas e decisões a cada segundo do dia, na parte consciente da nossa mente. A simples tarefa de caminhar seria impossível se tivéssemos de considerar conscientemente quando levantar a perna, quanto a deslocar, onde e como colocar o pé, etc.!
  • Esses comportamentos são os conhecidos “hábitos” que desenvolvemos ao longo do tempo. Temos milhares de hábitos armazenados no inconsciente. Comer, apertar os atacadores, lavar os dentes, conduzir carros, usar computadores, escrever, ler, etc. Fazemos tudo isso em “piloto automático”. O “piloto automático” só é desligado quando algo invulgar acontece que obriga a que a mente consciente actue (por exemplo, quando a nossa rota habitual para o trabalho está cortada por obras na estrada e temos de considerar uma alternativa)
  • Um mecanismo básico para a criação destes hábitos é a "associação". A mente inconsciente lembra-se que fazemos sempre ou quase sempre duas coisas quaisquer em conjunto. Se continuarmos a fazer isso, logo que começarmos a fazer a primeira, passamos em “piloto automático” para a segunda sem pensar nisso. Quando o despertador toca de manhã, para muitas pessoas, o duche é o comportamento seguinte e nem pensam conscientemente nisso. A certa altura juntamos mais e mais hábitos num “grande hábito”, em que cada pequeno hábito anterior despoleta o seguinte. Por exemplo, todo o “ritual” de sair de casa de manhã pode ser considerado um grande hábito que decorre em “piloto automático”, desde que o despertador toca até sairmos de casa.
  • Estes hábitos libertam a mente consciente para questões mais importantes mas podem ser um obstáculo porque muita da tristeza associada aos desgostos amorosos decorre de hábitos que temos e que não reparamos nem questionamos.

Sistema Fisiológico do Corpo

  • A fisiologia, o corpo, não é apenas uma máquina que faz o que lhe mandam. Tem a sua própria inteligência: o sistema nervoso autonómico. Este sistema regula a respiração, o batimento cardíaco, a tensão arterial, etc.
  • Tem também um mecanismo de sobrevivência próprio que provoca reacções automáticas em situações de perigo, sem intervenção da mente consciente. Por isso é que quando ouvimos um estrondo perto de nós ou algo se atravessa à frente do carro, reagimos automaticamente para preservar a sobrevivência.
  • Toda a nossa actividade mental tem reflexos no corpo, aumentando ou libertando tensão a cada momento. O inverso também acontece. As nossas acções ou pensamentos, sempre que repetimos, fortalecem as sinapses associadas no cérebro, o que tornam essas mesmas acções e pensamentos cada vez mais fáceis de repetir.


Estes três elementos coexistem e interagem constantemente. É através da forma como usamos cada um destes elementos e como eles interagem entre si que geramos as sensações de perda e de tristeza associadas aos desgostos amorosos.


Como fazemos isso vai ser o tema do próximo post…

terça-feira, 13 de julho de 2010

Se "O Segredo" é tão bom, onde está o dinheiro?

Mais um ebook provocador e muito inspirador do supercoach Jamie Smart!

Qualquer pessoa, mesmo qualquer uma, vai beneficiar imenso dos conselhos deste grande NLP Coach!

Sim, eu sei que este blog parece um sub-blog do Jamie mas em breve vão voltar conteúdos meus, os próximos dedicados aos casos "corações partidos", sempre em voga...

Aguardem... ;)
Show Me the Money Report

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Conselhos para novos (e não só) coaches ;)

Boas!

O Jamie Smart "lançou" um novo ebook gratuito com algumas dicas muito interessantes para coaches e futuros coaches...

Recomendo vivamenta a perpectiva dele sobre esta nossa actividade!
SpecialReportCA

Aproveitem para visitar o site do Jamie em SALAD!

Ric

terça-feira, 15 de junho de 2010

Alguém de explica....?

Recentemente ofereceram-me uma colecção de palestras do Richard Bandler

Fascinado como fiquei, procurei mais e mais vídeos porque por algum motivo estranho não consegui descolar, apesar de toda a palestra parecer ser uma série de deambulações que saltam entre assuntos... O que reparei é que ninguém na audiência descolava também... Ele passa de história em história, interrompe a meio, faz sugestões, tudo aparentemente ao sabor da sua vontade...

Em todas as que entretanto encontrei vi a mesma coisa... Existe uma na Irlanda em que ele fala, sentado, sem qualquer suporte audiovisual, de manhã à noite, durante três dias, e a audiência está completamente colada a cada palavra (assim como eu reparei que fica em todas).

Obviamente estou a par das técnicas de PNL como nested loops e outras para "agarrarem" uma audiência. Ainda assim nunca vi ninguém, nem de longe o Tony Robbins, captar assim a atenção durante tento tempo, sem se mexer, sem notas nem qualquer outro suporte!

Alguém me explica como ele faz isso...?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Indução por Aperto de Mão - Hipnose

Boas!

Depois de uma longa ausência regresso para terminar os posts sobre hipnose com uma demonstração da "Indução por Aperto de Mão", realizada pela pessoa que o criou, nem mais nem menos que o Dr. Richard Bandler, co-criador da PNL.

Esta indução rápida, tal como muitas outras, baseia-se na interrupção de um padrão automático (neste caso, um aperto de mão). Quando esses padrões são interrompidos a meio, a mente fica muito susceptível à instrução seguinte, havendo uma hipótese, quando bem feita, de induzir transe.

Esta demonstração é retirada e uma série de programas que Bandler fez para a BBC chamado "Class of a Master".

Até breve...

PS. - Prestem atenção à mensagem final... :)



quinta-feira, 13 de maio de 2010

Apresentação PNL - FNAC do Norteshopping - Entrada Gratuita

Meus caros, na próxima terça-feira, dia 18, pelas 21:30, na FNAC do Norteshopping, vou estar a participar numa apresentação / palestra de Introdução à Programação Neurolinguística (PNL), organizada pelo InPNL e pela FNAC.


Vamos estar a falar do que é PNL, quais as suas grandes forças e vantagens, os seus princípios e principais pressupostos e todas as suas inúmeras aplicações. Naturalmente que também haverá um espaço de Q&A com o público.


Se estão curiosos, já conhecem ou então nunca ouviram falar de PNL, asseguro que vão todos gostar do que vão assistir!


A PNL é a arte e a ciência da excelência humana. Tem resultados excepcionais nas áreas empresarial, educacional, do desenvolvimento pessoal, da saúde e do desporto.


Tornou-se a tecnologia de escolha do século XXI devido a sua grande eficiência em atingir os resultados desejados rapidamente e nos mais diversos campos da vida.


Esta ciência desenvolve com distinção as áreas da comunicação, influência, determinação de objectivos e uso de uma linguagem eficiente.


A palestra fica a cargo da Luzia Wittman, uma Master Trainer internacional de PNL com vários anos de experiência. Vão estar em boas mãos ;) O InPNL é uma das instituições com mais anos de experiência em Portugal no ensino da PNL e do coaching, do qual a Luzia é a directora.


Espero que apareçam todos e em grande número.


Até lá,


Ric

quinta-feira, 6 de maio de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

Pêndulos e Galinhas

No último post falei de alguns mitos que rodeiam a temática da hipnose. O meu amigo Paulo, comentou que me tinha esquecido das situações em que, em programas de televisão, as pessoas são colocadas a fazer figuras estranhas e ridículas (cacarejar, por exemplo). Também referiu que não tinha falado do famoso pêndulo. Todos temos a imagem clássica do irresistível hipnotizador com um pêndulo na mão…


O motivo porque não falei desses dois temas é porque nenhum deles é mito. As pessoas, naqueles programas (pelo menos nos programas bem feitos!) estão realmente hipnotizadas e um pêndulo pode ser usado para hipnotizar.


Vamos ver primeiro a questão dos programas de televisão ou de palco em que pessoas são hipnotizadas e depois colocadas a fazer figuras ridículas, a alucinar e a comportar-se de forma estranha.


Um facto curioso é que o supercoach e hipnotizador Paul Mckenna fez diversos desses programas nos anos 90. Passaram em Portugal e quem viu nunca mais esqueceu a sua famosa frase para tirar as pessoas de transe: "Wakey, wakey!!! Rise and Shine!!!"


Mas eis o que se passa na realidade:


Antes do espectáculo o hipnotizador pede voluntários dispostos a fazer figuras ridículas por diversão;


Seguidamente testa todos para verificar quais são os que são mais facilmente hipnotizáveis e os mais obedientes;


Só então selecciona alguns, que são então hipnotizados e depois divertem o público!


É importante verificar aqui que o hipnotizador se certifica de que a) fazer figuras ridiculas ali não vai contra os princípios da pessoa e b) a pessoa é um bom sujeito hipnótico (isto é, obedece com facilidade aos comandos e é facilmente hipnotizável);


Quando isso não é possível, em programas gravados ao vivo ou num palco, alguns hipnotizadores dão-se mal com algumas pessoas porque escolhem sujeitos que não estão assim tão dispostos a participar ou não são bons sujeitos hipnóticos (toda a gente se lembra daquele programa do Herman do “firme e hirto”, não? ;)



Quanto ao pêndulo, é um bom instrumento para induzir hipnose, ainda que demasiado teatral para o meu gosto. O pêndulo é usado naquilo que se chama Indução por Fixação de Olhar.



É uma forma de indução hipnótica em que o sujeito fixa o seu olhar num determinado ponto ao mesmo tempo que relaxa e segue as instruções do hipnotizador. Tão simples como isso. O pêndulo serve apenas para o sujeito ter algo para fixar o olhar. Poderia ser também um dedo, uma caneta, um ponto na parede, etc…


Até a próxima!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Mitos sobre Hipnose


Existem muitos, muitos mitos a circular acerca de hipnose. Neste post gostava de apresentar os mais comuns e dar uma pequena explicação de porque é que não é bem assim…


1. Nem toda a gente consegue ser hipnotizada.

FALSO. Todas as pessoas podem ser hipnotizadas se estiverem na posse das suas faculdades. Para se aprender algo novo, como ler ou escrever, ou até para ler um simples livro, a mente tem de entrar num estado alterado. Esse estado é muito semelhante ao de hipnose (transe ligeiro) pelo que se mente consegue uma vez, consegue todas as vezes. Existem realmente pessoas que entram mais facilmente em transe do que outras. É perfeitamente normal. Acerca deste mito Richard Bandler uma vez escreveu que a incapacidade de alguém ser hipnotizado diz mais acerca da experiência e da competência do hipnotizador do que de a mente da pessoa.


2. Em hipnose podemos fazer coisas ou dizer coisas que não estariam de acordo com os nossos princípios.

FALSO. Em transe, o paciente controla todo o processo e o hipnotizador simplesmente oriente. Estando em controlo, NUNCA fará algo que choque com os seus princípios ou dirá algo que não quereria dizer num estado normal. Muitas vezes usa-se hipnose para recuperar memórias ou pormenores de que a pessoa nem se lembra, mas a verdade é que a própria pessoa quer recordar, quer dizer, portanto continua a controlar. Em transe, se alguém receber uma instrução que choque com os seus princípios, essa pessoa desperta do transe e a hipnose termina (normalmente de forma abrupta).


3. Em hipnose não ouvimos, não sentimos e não vemos.

FALSO. Esse estado chama-se “morte”. Em hipnose, ouve-se, sente-se e pensa-se melhor.


4. Hipnose é o mesmo que dormir

FALSO. As ondas cerebrais são diferentes. Existe consciência, a pessoa pensa, sente e controla o seu estado.


5. Podemos não nos lembrar do que aconteceu.

FALSO. Só se não quisermos lembrar, e com apoio do hipnotizador. Se existir uma instrução que seja contrária ao que a pessoa quer (por exemplo, esquecer tudo quando essa pessoa quer recordar), isso choca com os seus valores e o transe é interrompido.


6. Podemos ficar em transe indefinidamente se algo acontecer ao hipnotizador

FALSO. Gradualmente a pessoa regressa ao seu estado desperto.


E estes foram alguns dos mitos que me ocorreram.

Qual foi o que me escapou…?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O que é Hipnose?


Existem muitas definições sobre o que é hipnose mas acredito que a mais simples e verdadeira é que hipnose è um estado alterado de consciência em que o consciente e o inconsciente podem ser focalizados e susceptíveis à mudança.


Todas as pessoas passam por esses estados de uma forma mais ou menos involuntária.


Já repararam quando estamos no semáforo e ele fica verde e continuamos ali parados sem reparar até o carro de trás apitar? Ou então quando conduzimos do ponto A ao ponto B e quando chegamos não nos lembramos da maioria da viagem porque viemos em “piloto automático”? Ou então quando estamos sentados, talvez numa esplanada, a sonhar acordados? Ou quando nos perdemos a ver um certo programa de TV? O que acontece nesses momentos? A mente “vagueia” e perdemo-nos em pensamentos… Esse estado alterado é uma forma de transe hipnótico.


Quando se fala em hipnose, não se fala em mais do que induzir esse transe de forma objectiva, no momento apropriado e com um objectivo concreto. Os objectivos são, normalmente, os de aceder a recursos que já temos no inconsciente mas aos quais não conseguimos aceder facilmente (ou de todo!) de forma consciente.


É neste sentido que a hipnose é usada em PNL e em coaching, para que o cliente consiga relaxar o suficiente para poder aceder a recursos do seu inconsciente ou integrar de forma mais profunda novos conhecimentos e novas aprendizagens. É uma ferramenta poderosa apesar de todos os mitos que circulam à sua volta.


Concretizando, ao aceder ao seu inconsciente, o cliente dispõe de muitos mais recursos para enfrentar os desafios que se lhe apresentam. Alguns dos muitos exemplos do uso actual da hipnose são o controlo de “maus hábitos”, o relaxamento, o controlo da dor, o reforço da confiança e da determinação, a alteração de comportamentos, a visualização, a obtenção de novas perspectivas, o apoio no tratamento de depressão, a melhoria da concentração, problemas de fala, insónia, fobias, etc.


Recordo-me de um colega que frequentou um curso de introdução à PNL na qual o trainer (que duvido que fosse realmente um NLP Trainer) lhe disse que não usava hipnose porque não tinha utilidade… (não irei comentar).


A verdade é que a hipnose tem sido usada ao longo dos milénios com muito sucesso. Claro que com nomes diferentes, mas se atendermos à definição, trata-se simplesmente de hipnose. A hipnose como hoje é conhecida beneficiou em muito grande medida do trabalho de uma vida inteira de Milton H. Erickson.


Ao longo da sua vida (que fica para outro post) ele desmistificou a hipnose, agilisou o seu uso e obteve resultados tão inegavelmente extraordinários que a hipnose passou a ser considerada uma prática legítima.


Muito do trabalho de Erickson, as suas técnicas, ideias e padrões não estariam hoje disponíveis se não fosse pelo trabalho dos dois criadores da PNL, Richard Bandler e John Grinder. Durante 11 meses eles viveram com Erickson, estudaram e modelaram todo o seu trabalho. Eventualmente publicaram dois livros que sintetizava tudo o que aprenderam (e cujo conteúdo o próprio Erickson aprovou, meses antes de morrer). Os livros “Patterns of the Hypnotic Techniques of Milton H. Erickson, M.D”, volumes I e II, tornaram-se, a par com a “The Structure of Magic”, nos fundamentos da Programação Neurolinguística e hipnose num dos seus instrumentos mais poderosos. Esta modelagem permitiu a muitos terapeutas e estudiosos, mesmo que sem interesse pela PNL, aprenderem as técnicas e ideias de Erickson.






É curioso referir que, inicialmente, quando Bandler lhe telefonou, Erickson desculpou-se com o muito trabalho que tinha em mãos (não era por nada que a sua alcunha era “O Milagroso”). Bandler respondondeu-lhe: “Some people Dr. Erickson, can find the time, acentuando as palavras “Dr. Erickson” e “find the time” naquilo que é uma forma conhecida de um comando hipnótico. O facto de Bandler, na altura um jovem estudante, ter usado um dos seus próprios padrões de linguagem “contra” ele, despertou o interesse de Erickson que reconsiderou o convite e eventualmente aceitou.


Posteriormente, muitos mais livros foram escritos e muitas das técnicas de Erickson foram refinadas e “aceleradas”. Richard bandler, em particular, dedicou e dedica muito do seu trabalho na PNL ao estudo, uso e melhoramento de técnicas hipnóticas.


E por hoje ficamos por aqui…


No próximo post, vamos falar de alguns mitos que por aí circulam sobre hipnose e sobre o transe hipnótico...


terça-feira, 6 de abril de 2010

Vamos falar de hipnose...

Boas!

Os meus próximos posts serão sobre hipnose, em especial a hipnose eriksoniana, numa perspectiva da PNL. No fundo é irrelevante porque seja qual for o contexto, os princípios são genéricamente os mesmos.

Para começar (e abrir o apetite) deixo-vos com o início de uma "palestra" sobre hipnose dada a uma audiência da BBC por aquele que é o maior perito do munto em hipnose, e o co-criador da PNL, Richard Bandler!




A palestra toda é um bónus que é dado em DVD a quem comprar a edição britânica do livro "Richard Bandler's Guide to Trance-Formations". Falarei desse livro mais adiante mas posso já dizer que o livro (o DVD incluído) ficam por menos de 15 euros...

Enjoy...

terça-feira, 30 de março de 2010

Se "O SEGREDO" é tão bom, onde está o meu Ferrari?

Deixo aqui um ebook gratuito do coach e NLP Master Trainer Jamie Smart. É uma leitura provocatória mas concisa sobre porque é que, normalmente, o desejo sem a acção dirigida não chega para atingirmos os nossos objectivos!

Tendo adquirido alguns produtos do Jamie e da sua empresa, posso atestar à qualidade deste livro (também recomendado pelo supercoach Michael Neill!).

Divirtam-se!

Ric

Se O SEGREDO é tão bom, onde está o meu Ferrari?!

domingo, 28 de março de 2010

PNL e... Alimentação?

Mais um livro do Paul Mckenna em Portugal (a este ritmo daqui a um ano serão todos!)


Desta vez o objectivo é aplicar as técnicas mais poderosas e conhecidas da Programação Neurolinguística à alimentação e, especialmente, à perda de peso. Quem comprar este livro à espera de uma dieta vai ficar desiludido. Em ponto nenhum é dito ao leitor que deve comer mais disto ou menos daquilo. Não existe um único conselho ou regra nutricional ao longo de todo o livro.


O que defende este sistema então? De uma forma simples, defende que o cérebro sabe sempre o que quer e o que não quer. Sabe sempre quando quer e quanto quer. As técnicas e as regras sugeridas pelo Paul destinam-se precisamente a que os leitores consigam “ouvir” melhor o seu corpo, compreendendo aquilo que ele quer.


Existem apenas quatro regras (ridiculamente) simples no sistema:

- Quando tiver fome, coma!

- Como o que quiser, não aquilo que acha que devia comer!

- Coma devagar. Saboreie a comida.

- Mal pense que está a ficar satisfeito pare!


E é isto e nada mais do que isto.


De acordo com o Paul, quando se seguem estas regras, o corpo vai naturalmente pedir os alimentos que necessita e na quantidade que necessita. É muito interessante não haver “comidas proibidas”. Todos sabemos que quando uma comida se torna “proibida”, torna-se mais apetecida! Desta forma elimina-se o risco.


Paul também ataca o problema da “comida emocional”, as situações em que as pessoas comem não porque têm forma mas porque desejam combater um estado emocional em que se encontram (tristeza, depressão, etc.). Outro problema abordado é o “vício” em certas comidas, que normalmente se cria quando se ingerem grandes quantidades de certas comidas que geram descargas de serotonina (o “químico da felicidade”) no cérebro. Em ambos os casos, ele sugeres técnicas muito fortes de Programação Neurolinguística para restabelecer o equilíbrio emocional sem a ajuda de comida e para combater os “desejos irracionais” de certas comidas.


A sua abordagem ao exercício físico também é invulgar. Em vez de sugerir um programa ou um ginásio, Paul defende que qualquer pessoa que não esteja paralisada já está a fazer exercício. Só precisa de se mexer mais! Se esse mexer consiste em mais alguns passos por dia, umas caminhadas ou simplesmente estacionar o carro mais longe, não é relevante. O que é relevante é por corpo a mexer e o sangue a circular.


Finalmente, ele refere também o problema da auto-imagem e de como a nossa auto-imagem pode ser um factor decisivo no sucesso ou no insucesso dos nossos hábitos alimentares. E mais uma vez, apresenta ao leitor regras claras de exercícios de Programação Neurolinguística para combater esses problemas.


O livro de Paul Mckenna não trás nada de exactamente novo. Tudo o que ele diz parece ser do senso comum. Infelizmente, como diz Richard Bandler, "o problema do senso comum é não ser assim tão comum…"


Este livro tem, isso sim, o grande mérito de reunir um conjunto de “melhores práticas” alimentares num sistema fácil e coerente (e será que um dos principais pontos da Programação Neurolinguística não é exactamente ir procurar as melhores práticas onde quer que elas estejam?).


E funciona? Bem, este programa segue as linhas gerais dos programas de alimentação intuitiva que apresentam, em todo o mundo, taxas de sucesso superiores a 70%, muito acima dos 11% das dietas tradicionais. Por esse ângulo é fácil compreender que funciona mas tal como diz o autor, é fundamental seguir à letra as instruções (sim, aquelas 4 regras). Se forem seguidas, funciona. Se não forem, provavelmente não vai funcionar. Eu concordo com essa ideia.


O seu estilo simples e bem-disposto (e extremamente crítico das dietas tradicionais) mantém a leitura ligeira e agradável mas existem pontos que realmente deixam o leitor a pensar durante algum tempo. O CD de hipnose, comum nos livros de Paul Mckenna, segue a linha de uma indução tradicional e proporciona 25 minutos de profundo relaxamento.


Divirtam-se!



quinta-feira, 11 de março de 2010

Encontramos o que trazemos

Há muito tempo atrás, num futuro distante, a travessia entre duas terras era feita por uma longa viagem marítima. Numa dessas viagens, para passar o tempo, um viajante acercou-se de um marinheiro e perguntou-lhe:


“Como são as pessoas naquela terra?”


O marinheiro franziu o sobrolho:


“Como são as pessoas na terra de onde vem?”


O homem fez uma careta:


“Horríveis. Más. Mesquinhas. Foi por isso que parti.”


O marinheiro abanou a cabeça:


“Receio que as pessoas na próxima terra sejam mais ou menos iguais…”


Algum tempo depois outro homem aproximou-se do marinheiro e perguntou:


“Como são as pessoas naquela terra?”


O marinheiro virou-se para o homem:


“Como são as pessoas na terra de onde vem?”


O homem soltou um suspiro:


“Fantásticas. Carinhosas. Amáveis. Tenho muita pena de me ter vindo embora.”


O marinheiro sorriu:


“Eu não me preocupava se fosse a si, vai ver que as pessoas na próxima terra são mais ou menos iguais…”

terça-feira, 9 de março de 2010

Introdução do livro SUPERCOACH

Introduction

A Different Way to Succeed

'The only real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes but in having new eyes.'

MARCEL PROUST

What if, regardless of your past history or the current economy, your dreams really could still come true?

What would you be most excited about having happen in your life over the next few weeks, months or even years? Would you like to experience dramatic breakthroughs in your career, business or finances? Deeper love and connection with your family and intimate relationships? How about seemingly miraculous improvements in your own level of health and wellbeing?

For the past 18 years or so, I’ve been a professional success coach – someone who gets paid to help make people’s dreams come true. In that time, I’ve learned that not only are there many different types of dreams, but there are also all sorts of different ways to reach them.

Whether you want to make more money, build your business, start a family or save the world, chances are that your approach up until now has been primarily practical – that is, focused on what it is that you want and what it is you think you need to do in order to make it happen.

If you’re a reasonably progressive thinker, you’re probably also aware that one of the reasons you want what you want is that you believe it will in some way enhance your experience of being alive. But as you may have already begun to realize, if you really want to have a more enjoyable life, reaching your goals is not enough. You’re also going to have to find a more enjoyable way of getting there.

This is a book about succeeding from the inside out. When you learn to live your life from the inside out, stress disappears and worry becomes almost non-existent. You realize that you were born happy and the worst thing that can ever happen to you is a thought – generally speaking, a thought about whatever you think is the worst thing that could ever happen to you. Things still won’t always work out as you’d hoped or planned, but that just becomes a fact of life instead of a problem to be solved. And since you live in a state of being full (of life, joy, love and peace), going outside yourself to ‘find fulfillment’ loses most of its appeal.

Of course, that doesn’t mean you won’t still do all sorts of weird and wonderful things with your life. It just means that you’ll be using what’s inside you to create things on the outside instead of doing them the other way around...

So how can a coach help?


The Three Levels of Change

‘All miracles involve a shift in perception.’
A COURSE IN MIRACLES

Traditional coaching takes place primarily on a horizontal dimension – coaches assist their clients in getting from point ‘A’ to point ‘B’. Yet lasting, sustainable change nearly always happens in the vertical dimension – a deepening of the ground of being of the client and greater access to inspiration and spiritual wisdom. While this has generally led to an either/or approach to success and personal growth and a sharp division between therapy and coaching, transformative coaching – or, as I like to call it, ‘supercoaching’ – uses the vertical dimensions to create change on the inside while you continue to move forward towards your goals on the outside.

The kinds of ‘vertical’ changes that transformative coaching leads to can be usefully viewed on three levels…


Level I: Change in a Specific Situation

Often people will hire a coach (or go to a counselor or therapist or friend) to get help with a specific situation they are struggling with. They may want to deal with a difficult person at work, succeed at an important negotiation or job interview, or stay motivated as they train to beat their personal best at a sporting event.

This kind of ‘performance coaching’ has long been a staple of the industry, and long before ‘life coaching’ and ‘executive coaching’ became common terms, people were using coaches in this capacity to help change their point of view, state of mind or actions. At this level, people go from fear to confidence, from unease to comfort, or from inaction to action.

The impact of this kind of coaching is generally project specific. Once the difficult person has been handled, the interview completed and the race run, the person gets on with the rest of their life in much the same way as they did before.


Level II: Change in a Specific Life Area

Sometimes, we’re less concerned with a specific event than we are with a whole category of events. This is why you will find coaches specializing in any number of life areas: relationship coaches, sales coaches, parenting coaches, confidence coaches, presentation coaches – the list goes on and on. People hire these coaches to help them develop their confidence and increase their skills in whatever area they may be having difficulty. Like a performance coach, these coaches will help with specific situations, but they tend to measure their impact not just by how one situation changes but by how their whole category of situation changes.


Level III: Global Change

The ultimate level of change is transformation, or what I sometimes call ‘global change’ – a pervasive shift in our way of being in the world. At this level, it is not enough for us to develop a skill or change a feeling. It is our intangible ‘selves’ we want to change, and in so doing we change our experience of everything.

Each of the three levels maps across to a certain kind of intervention. When we want to make a change in the moment or in a specific situation, we apply a technique. When we want to make a change in a broader context, we work with installing new strategies. But when we want to actually change lives, we need more than just strategies or techniques, we need a whole new paradigm or perspective – a new way of seeing.

So which level of change is best?

It depends. While level III changes will ultimately make the biggest difference in people’s lives, sometimes a smaller difference is all that’s called for. For example, people heavily into the personal development movement sometimes get fixated on finding level III solutions for level I problems – they’ve got a headache, but instead of taking an aspirin they want to analyze the beliefs and lifestyle changes they need to make to become the kind of person who doesn’t get headaches. It’s not a bad idea, but it’s a lot easier to do when your head’s not hurting!


The Three Levels in Action

Let’s take an example. Bob is a customer service rep for a medium-sized manufacturing firm and he’s having a really bad day. When we ask him what his biggest sticking point is, he tells us it’s a phone call he needs to make to a supplier he’s been having difficulties with in Dagenham. If I were to intervene on level I, I would probably work with his frame of mind by getting him into a more confident state. We might role play a phone call with his supplier and I would offer him tips and techniques to better handle the call and get the outcome he most wants. We might even choose to script the call, or at least the beginning of it, to help boost his confidence and resolve the situation.

But let’s say I want more for Bob – I don’t just want to assist him in getting through this one situation, I want to help turn him into a more effective employee, one who can handle a wider variety of customer service situations. At that point, I could give him books like How to Talk So People Will Listen and Listen So People Will Talk. I could teach him rapport skills like ‘matching and mirroring’ so he could use body language to effectively allow people to feel more comfortable around him.

In time and with practice, Bob might well be able to turn things around and maybe even become the best customer service guy in the whole company. But in another way, nothing will have really changed. Because in order for something to change at a fundamental level, that change has to happen from the inside out.

At level III, our coaching interventions are no longer about the supplier from Dagenham or even about customer service. At level III, we’re dealing directly with Bob – the way he sees himself, the way he sees his job and the way he sees other people. And when any one of those things changes, Bob will not only become more effective at his job, he’ll also become more effective in his life.

Here’s another example, one that might hit closer to home. Imagine you are having difficulties with your resident teenager. You want them to help out around the house and be more respectful towards you and your partner, but they seem determined to set a new world record for ‘most dirty clothes piled up in one corner of a bedroom’.

At level I, you could go in guns a-blazing and order them to pick up their dirty clothes ‘or else’. You might even try a subtler approach – the dangling carrot of a trip to the cinema or a shopping trip to the local high street in exchange for a cleaner room.

At level II, you would read parenting books that would tell you how to handle discipline problems with teens, or even one on how to handle difficult people at work in hopes you could map it across to your own children at home. (Of course, if you come across a copy of What to Do When You Work for an Idiot in their bedroom, chances are they’re planning a little level II intervention with you!)

But at level III, you would know that what’s called for is a shift in perspective – a new way of seeing the situation.

When my daughter Clara was six, she went through a period of violent temper tantrums that frightened her teachers at school to the point where they were considering either putting her on medication or kicking her out of school. My wife and I hadn’t a clue what to do about it, so we turned to one of my mentors, supercoach Bill Cumming.

He helped us by approaching the situation on all three levels simultaneously. At level I, he would continually check in with us to ensure that we were doing OK within ourselves – that is, we were getting adequate sleep, food and exercise and doing whatever else we needed to do for spiritual self-care.

At level II, he taught us some wonderful strategies for dealing with difficult children. The one that sticks in my mind is the two Cs: clarity and consistency. We got clear about what was and wasn’t OK and we were consistent in our enforcement of those rules.

However, what made the biggest difference, and has stayed with us to this day, was the level III intervention. In working with Bill, we came to realize that the only reason someone would behave in the way that Clara was doing was if they felt unwell within themselves. As we began to see the discomfort in Clara that was leading to her acting out, it became much easier to not take her behaviour personally, as if it was her way of punishing us for our parenting failures.

More importantly, any catastrophizing we’d been doing in our heads about how this would be a problem for the rest of her life and if it was this bad now ‘imagine how bad it will be when she’s a teenager’ fell away. We began to see her as a little girl doing the best she could to control her environment and knew that when she had better strategies at her disposal, her innate wisdom and common sense would guide her to use them. That made it easy and natural to feel the full force of our love for her, even when she was behaving in ways that were shocking and at times a little bit frightening for us.

Instead of sending her to her room when she had a tantrum in a behaviourist effort to ‘extinguish’ the unwanted behaviour, I began to go into her room with her and just quietly be with her as she worked through whatever it was she was working through.

At first, she didn’t seem to like our new approach. Instead of simply putting holes into the walls of her bedroom, she seemed hell-bent on putting a few into my head. But within a few tantrums, she somehow recognized that she was safe with us – and that feeling of safety allowed some protective mechanism inside her to let go and allow her natural wisdom to come back to the fore.

Now, five years later, Clara is more secure in herself and her thinking than most adults. And while we may well butt heads at some point during her teenage years, it’s far more likely to be due to something triggered in us than in her!


Ten Sessions to Transform your Life

‘All people occasionally stumble across the truth, but most pick
themselves up and continue as if nothing had happened.’
WINSTON CHURCHILL

This book is laid out in ten coaching sessions, each one built around a ‘secret’ understanding about life. We could call these secrets ‘principles’, in the sense that they will reliably guide us through the uncharted territory of life; we could also call them ‘understandings’ in the sense that once you understand them, you will never relate to your problems, goals or the people in your life in the same way again.

Each session is designed to be a catalyst – something which will spark your own insights about your work, your finances, your relationships and yourself. An insight is something which once seen (by looking within, hence ‘insight’) can never be unseen. That is why there is nothing here to master and no particular skills or techniques to learn. This insight-based approach is another difference between level I and level II change, which often involves hard work and disciplined practice over time, and level III transformation, which is seemingly effortless in its application yet profound in its effects.

What makes most change seem difficult is that we are trying to do it from the outside in – that is, to change our external behaviour without making any change in how we’re seeing the situation on the inside. Because there is no internal basis for making the change, we need external motivation, reminders and any other threats and bribes we can think of in order to get us to consistently behave in the ways that we or someone else has decided are good for us. But the moment we see things differently, either because we have more information or we have had some kind of insight, change is natural and inevitable.

Let’s imagine for a moment that you travel to work each weekday morning. And let’s pretend that it’s a fairly unpleasant commute – it takes upwards of an hour there and back, and there’s either a lot of traffic at that time of day or the train is inevitably packed or both. Now, let’s say I happen to know a shortcut you could take that would enable you to bend the laws of physics and get you to work and back in no more than five minutes. Better still, the journey would be pleasant, uncrowded and rather beautiful. How many times would I have to show you the new route before you began taking it as a matter of course?

It wouldn’t matter if you had been doing things in the old way for years, or if you had low self-esteem or had had a difficult childhood. The moment you saw that that this new route was a genuinely better way to get where you wanted to go, you would begin to take it. The entire experience would have been effortless, because the external change – your new behaviour – would be the natural fruit of the internal change – your new understanding of what was possible.

In a similar way, each session in this book will enable you to see a number of ‘shortcuts’ to happiness, success and well- being. And as your understanding of what’s possible grows, your life will begin to change for the better, all by itself.


How to Use this Book

‘Don’t cut the person to fit the cloth.’
SUFI SAYING

Perhaps the most effective way to use this book would be to read it through from cover to cover, then to go back and spend a week or so playing with the ideas in each session. But then again, perhaps not.

Each person is unique, and the value you will get from reading this book will be found more in the insights it provokes than the actual content or exercises. In other words, you may get everything you need in one reading, but if you find yourself wanting more, it’s designed to stand up to deeper inspection and introspection.

In this book I will be sharing a few strategies and techniques that my clients and I have found effective in creating more and more wonderful lives. But by and large I will be focusing on new perspectives – new ways of seeing that will lead to seeing new possibilities and taking new actions in your life and the lives of the people you care about most. At the beginning of each session, you’ll find a story.

These are written for a different part of your mind and are there simply to be enjoyed. Don’t worry if you can’t figure out why a particular story is at the beginning of a particular session – if it matters, the connection will come to you, and if it doesn’t matter, well, it doesn’t matter!

You will also find two kinds of exercises throughout the text:

Coaching exercises are generally in the body of the text and are intended to be practised and played with as you go through each session. They are designed to facilitate transformation and often produce the kinds of level III insights that lead to effortless success and change.

Supercoaching tips are bite-sized versions of the techniques and strategies I use with my clients to help them break through whatever is holding them back from going wherever it is they want to go. Whether you are a helping professional, use coaching as a part of your job or simply want to be able to make more of a difference in your life and the lives of your family and friends, these tips will serve you well!


Creating Effortless Success

One of the best descriptions of the shift that happens when you begin to live your life from a deeper understanding of these secrets is the creation of what my clients and I call ‘effortless success’. This is not about an avoidance of physical effort, it’s about an absence of mental struggle. Happiness leads to success, wellbeing leads to inspiration, and that success and inspiration become the basis for creating an ever more wonderful life.

In my work with private clients and discussions with readers and students, I have come to recognize that the journey to effortless success takes people through three distinct stages of development. While the length of time it takes a person to go through each of these stages varies wildly, the stages themselves appear to be quite consistent…


Stage 1: Learning a New Way to Drive

Some years ago, I interviewed supercoach Maria Nemeth and she shared the following analogy for what it’s like when she meets a new client for the first time:

Imagine a person standing in front of you complaining they can’t walk properly because of a sore foot. As they’re calling your attention towards their foot, you can’t help noticing that they’re holding a gun directly above it, pointing straight down.

Next, you notice they have a severe twitch every couple of minutes and that every time they twitch the gun goes off, sending another bullet directly into their foot.

No matter how enthusiastic and motivated they are to begin moving forward, it would be a waste of time to work on getting anywhere, or even on healing their wounded foot, until you did something about the gun and the twitch.

Similarly, when I begin work with a new client, they often come to me with a list of goals they want to get started on immediately. Yet inevitably our first few sessions together are spent clearing up loose ends in their life and building a foundation which will ultimately support their dreams. The general report from people in this phase is a sense of ease and wellbeing that begins to permeate their life, coupled with a sense of surprise that things have begun to shift in their circumstances ‘all by themselves’. This can be unsettling! As one client said to me with great concern in his voice, ‘The problem is, I don’t have any more problems.’

When you are in this stage, you may find yourself worrying about not being worried and being a bit upset about the fact that nothing seems to upset you anymore. As another client told me, ‘It feels like something is missing from my life.’ When we explored this statement further, it turned out that what was missing was all the stress!

While for some people the relief of reaching this kind of equanimity is success enough, I’m interested in complete transformation. Some of my clients were already pretty far down the road to success when they first hired me, but after a while it’s as though they’ve learned to drive in a whole new way. That’s why for me, peace of mind and greater contentment and happiness are not the end of the road but the place where the journey really begins…


Stage 2: Driving Daddy’s Ferrari

When people first learn the principles of creating effortless, happy success and begin to put them into practice, the results they produce (and the way that they produce them) can be quite startling. Customers and clients appear out of nowhere. Business opportunities show up ‘out of the blue’. Relationship miracles occur and seemingly insurmountable problems simply dissolve without ever being addressed directly.

At this stage, people often go back and forth between being thrilled with the way that their life is unfolding and terrified that ‘the magic will stop working’ and they’ll go right back to how things were before we started.

One day a client explained this feeling to me by saying, ‘It’s like I’m driving my daddy’s Ferrari – it’s incredibly fun and I’m really moving forward, but every time I start to feel that I’m going too fast, I slam on the brakes because I’m terrified of crashing the car!’

My explanation for this is simple:

Traditional success models are all about doing;
creating effortless success is all about being.

It’s easy to track the cause and effect with a doing-based model – the more you do, the better the result. But in creating effortless success, you do less and achieve more. People often get uncomfortable in this stage because they haven’t yet seen the connection between how they’re being in the world and the results they’re producing.

Amazing things happen at first, but the results begin to diminish over time. It seems as though things aren’t working as well as they used to, or that the ‘magic’ only works on the small stuff.

Sometimes, the discomfort can get so, well, uncomfortable that people would rather go back to doing things the way they used to. Even though it’s harder and less sustainable, at least it makes sense to them – at least they feel they have some control.

But for those people who stick with it, there is a third stage, the most wonderful stage of all…


Stage 3: Owning the Garage

At some point, people get that creating effortless success isn’t magic (though it certainly is magical) – it’s the natural result of approaching life from a place of profound wellbeing, listening for the inner call and following it wherever it may lead.

In this stage, you realize it’s not daddy’s Ferrari, it’s yours – and that it’s just one of the wonderful cars you have in your garage. There’s no fear that ‘it will stop working’ because you realize that ‘it’ never worked – the power to create the life you wanted to live was inside you right from the very beginning.

What seems to facilitate this transition is a new level of understanding of how it all works – an insight or series of insights into what’s really going on. And whether that understanding is triggered by a coach, a seminar, a book or even a casual comment by a friend, once you really see it, you can never lose it. Because the realization comes from inside you, it’s yours to keep.

So let’s look directly at you for a moment. Which stage of development does it seem that you’re currently at?

Are you:

• Struggling to move forward? Moving forward by struggling? (Stage 1)

• Experiencing wonderful results and even seeming miracles but secretly wondering when the magic’s going to stop, the batteries are going to run out or how you’ll ever be able to apply this to ‘the big stuff’ in your life? (Stage 2)

• Living life as a creator, at peace in yourself (mostly!) and knowing that you have the power within you to create whatever it is you most want to see in the world? (Stage 3)

Wherever you currently are, you can use the ten sessions in this book to assist with your transition – either from struggle to ease or from ease to peace. As you set your direction, stay with your good feelings and listen for the whispers of wisdom, you’ll be amazed at how easy that transition will be.

Your journey begins just as soon as you turn this page…