Certo dia, ao caminhar pela praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para, uma por uma, as atirar novamente de volta ao oceano.
“Porque é que está a fazer isso?” – perguntou o escritor.
“Você não vê!” – explicou o jovem – “A maré está baixa e o sol está forte. Elas vão secar e morrer se ficarem aqui na areia”.
O escritor espantou-se.
“Meu jovem, existem milhares de quilómetros de praias por este mundo fora, e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Que diferença faz? Atira umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai morrer de qualquer forma”.
O jovem pegou em mais uma estrela-do-mar, atirou-a de volta ao oceano e olhou para o escritor e disse: “Para esta eu fiz a diferença...”.
Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, nem sequer dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e, juntos, começaram a atirar estrelas-do-mar de volta ao oceano.
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